Cuba consolida seu processo revolucionário

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2018-04-20 16:51:38

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Por Maria Josefina Arce

Como há 57 anos, quando o povo derrotou em Playa Girón a invasão mercenária apoiada pelos Estados Unidos, Cuba vive hoje uma importante fase de sua história, de consolidação do processo revolucionário iniciado há mais de meio século e defendido por cubanos de todas as idades.

Confiante, a geração do centenário que tinha sido protagonista das lutas revolucionárias e conduziu os cubanos à vitória de 1o de janeiro de 1959, deixa a partir de agora a máxima direção do país em mãos de outra geração totalmente comprometida com o socialismo da Ilha e determinada a manter e aprofundar a obra da revolução.

Os deputados mediante seu voto direto e secreto elegeram como novo presidente de Cuba Miguel Díaz-Canel, que era até agora o primeiro vice-presidente da nação e que anteriormente tinha sido secretário geral do Partido Comunista de Cuba nas províncias de Villa Clara e Holguin.

Como primeiro vice-presidente foi eleito Salvador Mesa Valdés, de vasta trajetória como dirigente da Central de Trabalhadores de Cuba, cuja secretaria geral ocupou de 2006 a 2013.

No posto de secretário do Conselho de Estado foi ratificado Homero Acosta. Esse órgão representa com caráter colegiado a Assembleia Nacional do Poder Popular entre um e outro período de sessões.

Foram eleitos, também, os outros 23 membros desse órgão, entre eles 13 novos membros, indicados aos legisladores após exaustivo processo de análise e debate nas diferentes instâncias pela Comissão de Candidaturas Nacional.

O novo Conselho de Estado conjuga a experiência e a sabedoria dos protagonistas das lutas revolucionárias que conduziram a nação pelo caminho da justiça social, com homens e mulheres que, nascidos depois da vitória da Revolução, realizaram façanhas transcendentes em áreas como esporte, ciência, cultura, ou são estudantes destacados.

Em suas primeiras palavras como novo presidente do país, Miguel Díaz-Canel agradeceu a confiança depositada nele e reiterou que o povo continuará fiel ao legado do primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro.

A 9a legislatura da Assembleia Nacional, instalada para um período de cinco anos – como estabelece a Constituição –, está composta por 605 deputados eleitos em 11 de março passado por mais de sete milhões de cubanos.

Operários, camponeses, professores, médicos, cientistas, escritores, artistas, líderes religiosos, estudantes, dirigentes políticos, empresários, esportistas, membros das instituições armadas e trabalhadores do setor privado residentes nas 15 províncias do país formam o órgão legislativo.

Além disso, a Assembleia Nacional está integrada por 40,5 por cento de negros e mestiços, 13,2 por cento de menores de 35 anos e 86 por cento de graduados universitários, cuja média de idade é de 49 anos.

Vale destacar que 53,2 por cento de mulheres deputadas coloca o Parlamento de Cuba em 2o lugar no planeta com maior presença feminina.

Como ratificara o presidente cubano, a nova direção do país manterá em alto o legado da geração histórica que durante décadas conduziu a Revolução cubana na construção de um projeto de justiça social próspero e sustentável.

E a confiança depositada pelo povo – ressaltou- será correspondida atuando, criando e trabalhando sem esmorecer em estreita união com os que os elegeram.

Amigos de Cuba em todo o mundo manifestaram seu apoio à Revolução Cubana e realçaram que a eleição de Miguel Díaz-Canel como novo presidente do país garante a continuidade de um processo que guiou os povos, especialmente na América Latina.

Da China e Rússia chegaram mensagens de felicitação dos presidentes Xi Jimping e Vladimir Putin, que confirmaram a amizade com o povo cubano e manifestaram desejo de aprofundar as relações com a nova direção da Ilha.

Na América Latina, o presidente da Venezuela Nicolás Maduro parabenizou Cuba pelo desenvolvimento impecável, democrático e participativo da eleição de suas autoridades legislativas e executivas. Na Bolívia, o chefe de Estado Evo Morales realçou que a eleição democrática de Díaz-Canel é a garantia do aprofundamento do legado revolucionário do Comandante Fidel Castro, seu irmão Raúl e o povo cubano.

Os presidentes do Panamá, México e Guatemala também enviaram mensagens de felicitação pela eleição de Díaz-Canel como presidente e lhe desejaram êxito em sua gestão.

 

 



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