O dia em que o mundo mudou

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2018-09-13 07:09:03

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Por Guillermo Alvarado

Em 11 de setembro de 2001 o mundo assistiu ao vivo à queda das torres gêmeas do Centro Mundial do Comércio, na cidade norte-americana de Nova York. O planeta, pasmado, viu como desmoronavam entre nuvens de poeira e escombros ambos os prédios depois de terem sido atingidos por aviões civis que foram sequestrados minutos antes com passageiros e tripulantes a bordo.

O atentado foi cometido por um grupo terrorista que, segundo as informações difundidas, era originário da Arábia Saudita e entrou nos Estados Unidos pouco antes de perpetrar o ataque.

Na manhã do dia 11 de setembro o mundo mudou se tornando um lugar hostil, onde o uso da força substituiu o diálogo nas relações internacionais.

Não tinha passado um mês, quando, a 8 de outubro, Washington deu o primeiro passo na chamada “guerra contra o eixo do mal” e iniciou a ocupação do Afeganistão sob o pretexto de que naquele país se escondia Osama Bin Laden que tinha se atribuído o ataque contra as torres e o Pentágono.

A 20 de março de 2003, depois de fabricar a lenda das armas de destruição em massa do presidente do Iraque, Saddan Hussein, os Estados Unidos e seus aliados, especialmente o Reino Unido e a Espanha, lançaram a Segunda Guerra do Golfo, que transformou o país árabe em ruína. Ambos os conflitos continuam provocando vítimas inocentes todos os dias, até hoje.

Hussein foi deposto a 9 de abril de 2003 e enforcado por ordens de Washington a 30 de dezembro de 2006. Bin Laden foi executado por um comando norte-americano a 1o de maio de 2011, mas nada disso evitou que o mundo continuasse caminhando rumo ao caos, com a fratura do Oriente Médio e o auge do extremismo, tanto o islâmico quanto o nacionalismo, a xenofobia e o racismo.

Os Estados Unidos implementaram um sistema rigoroso de segurança nacional, que prevê espionar sua própria população, caçar e reprimir os opositores e pior ainda se forem de origem árabe e praticarem a religião muçulmana.

Além disso obrigou países sob sua influência - boa parte das nações latino-americanas e caribenhas – a adotarem políticas semelhantes e fez dos aeroportos centros de vigilância extrema onde cada passageiro é visto como um potencial terrorista. Viajar de avião nunca mais foi o mesmo.

Passaram-se os anos e, hoje em dia, continua havendo mais perguntas do que respostas quanto ao comportamento, antes e depois dos ataques, das forças de segurança e inteligência norte-americanas e, volta e meia, aparecem informações que deixam muita gente perplexa, como sucedera com um livro a ser publicado em breve, dos jornalistas norte-americanos John Duggy e Ray Nowosielski, que denuncia uma conspiração para esconder muitas informações. Até hoje não foram identificadas quase a metade das 2.752 pessoas que morreram nas torres.

Somos vigiados, mas não estamos mais seguros. Como se não bastasse, o protesto social, trabalhista ou ecológico, ou qualquer governo que não for do agrado dos Estados Unidos é rotulado imediatamente de “terrorista”, e tudo que esta palavra envolve.



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