A hora mais bela e solene

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2018-10-22 11:11:10

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Por: Maria Josefina Arce

Na cidade cubana de Bayamo, como afirmam seus moradores, confluem o passado e o presente. Essa cidade do leste cubano tem a honra de ter sido testemunha de um acontecimento transcendental da história deste país, 150 anos atrás.

Uma chamada à luta, um canto à liberdade e uma mostra do sentimento comum sintetiza o Hino Nacional de Cuba, que nasceu em meio ao combate dos cubanos contra o colonizador espanhol e se cantou pela primeira vez em Bayamo.

O patriota Perucho Figueredo daria vida à letra do Hino que acompanhou a cada cubano ao longo de sua vida e espelha a decisão de lutar e morrer para preservar a independência e a soberania.

“A hora mais bela e solene de nossa Pátria”, afirmou o Herói Nacional de Cuba José Marti com relação àquele momento em que os bayameses cantaram o Hino, um dos símbolos pátrios.

Na cidade norte-americana de Nova York, no jornal Pátria de 25 de agosto de 1892, Marti publicou o texto da também conhecida como La Bayamesa, para que os emigrantes cubanos aprendessem sua letra.

Deste canto de liberdade diria Marti: para que o cantem todos os lábios e o guardem todos os lares.. para que ferva o sangue nas veias da juventude, o hino a cujos acordes... se ergueu o decoro adormecido no peito dos homens.

Aquele momento importante da história de Cuba, que marcou o nascimento de uma nação de homens e mulheres livres, é recordado em 20 de outubro de cada ano no Dia da Cultura Nacional.

Como afirmara Eduardo Torres Cuevas – presidente da Academia de História de Cuba – a história gloriosa de nossas gestas de independência é, também, a história de nossa cultura.

Torres Cuevas detalhou que o Hino Nacional nasceu das entranhas dos patriotas, que também eram músicos, poetas e intelectuais, expressão da cubania que se forjava na nação.

Em Bayamo, onde as forças coloniais se renderam às tropas mambisas, se realiza todos os anos a Festa da Cubania, que reúne cultores de todas as artes e que confirma o vasto crisol da nacionalidade cubana.

O encontro foi encerrado no último sábado. No mês de outubro de cada ano, Bayamo, que preserva a identidade dos cubanos, se torna a capital da cultura.

No centro das comemorações se recorda aquele 20 de outubro de 1868 quando se cantou pela primeira vez uma peça de imensa beleza e profundos sentimentos pátrios: o Hino Nacional de Cuba.



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