A violência contra a mulher, uma triste realidade no mundo

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2018-11-27 07:23:27

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Por Maria Josefina Arce

A violência contra as mulheres continua e em muitas ocasiões é silenciada ou simplesmente não se admite. Porém, as estatísticas estão aí e mostram a triste realidade que atinge 50 por cento da população do planeta e 70 por cento das mulheres foram vítimas da violência em algum momento de sua vida, segundo estimativas da ONU.

Um documento preparado pelo Escritório da ONU contra a Droga e o Delito revela que mais da metade de todos os assassinato de mulheres em 2017 foram cometidos por parceiros ou familiares, o que faz com que o lar seja o lugar mais perigoso.

As mulheres continuam pagando alto preço em consequência dos estereótipos de gênero e desigualdade, destaca o relatório.

Há muitos tipos de agressão contra as mulheres: maltrato físico, psicológico e abuso sexual, passando pelo tráfico para prostituí-las, a mutilação genital e o homicídio.

Uma das regiões onde mais prevalece esta problemática é a América Latina. Segundo as Nações Unidas, é a mais violenta no mundo para esse segmento populacional fora de um contexto de guerra.

Na América Latina morrem assassinadas nove mulheres ao dia, um número que poderia subir porquanto, muitas vezes, os familiares não denunciam abusos, por temor a represálias, ou as autoridades permanecem indiferentes e, muitas vezes, escondem a realidade.

Em algumas nações, o feminicídio não está nem sequer tipificado como delito, exibe elevado índice nos países centro-americanos e México. Neste último, centenas de mulheres foram assassinadas neste ano.

Em 2017, o número de homicídios de mulheres em Michoacán, a oeste da Cidade do México, a capital, bateu recorde com 145 casos, um flagelo que continua aumentando em nível nacional.

Há alguns dias, a Organização das Nações Unidas exortou o governo e as instituições mexicanas a concentrarem esforços em conter a onda de feminicídios no país. Por exemplo, Ciudad Juárez é mundialmente conhecida pelo elevado índice de assassinato de mulheres.

Desde a década de 1990, a violência contra a mulher se tornou algo comum nessa cidade mexicana, que nos últimos 25 anos exibe o número de quase duas mil assassinadas.

A verdade é que em pleno século 21 as mulheres continuam enfrentando estereótipos culturais e religiosos, que as relegam, quando, muitas vezes, elas sustentam famílias e contribuem com seu esforço para a sociedade.

A violência contra as mulheres e as meninas é uma das violações dos direitos humanos mais graves, mesmo assim aparece em todas as partes sendo tolerada no mundo todo.



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