As drogas do Pentágono

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2019-05-24 09:34:50

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Por: Guillermo Alvarado

Nestes dias, autoridades de segurança nacional do Panamá garantiram que Cuba não tinha nada a ver com uma remessa de drogas apreendida recentemente dentro de um contêiner de carvão vegetal cubano exportado para Turquia.

A Aduana Geral de Cuba informara que o selo do contêiner tinha sido adulterado e que os entorpecentes tinham sido introduzidos fora do território nacional. Isso ficou demonstrado no processo de investigação realizado no Panamá.

Cuba mantém uma política de tolerância zero no combate ao narcotráfico, reconhecida pelos organismos internacionais. Não obstante, mentes perversas e alguns meios de comunicação que seguem a linha dos EUA trataram de aproveitar o incidente para desprestigiar o governo revolucionário, obviando sua política de zelar pela saúde e segurança dos cidadãos e sua posição firme contra as drogas que matam milhões de pessoas no mundo.

Os que atacaram Cuba não querem ver que os EUA são o maior mercado mundial de venda e consumo de entorpecentes, e suas instituições têm estado envolvidas em não poucos casos de tráfico ilícito dessas substâncias com propósitos escuros e desprezíveis.

Cabe recordar que na época da guerra do Vietnã os soldados norte-americanos consumiam toneladas de drogas, numa zona onde a CIA – Agência Central de Inteligência fazia abertamente operações de narcotráfico. Também, o chamado Escândalo Irã – contras, operação organizada por oficiais do Pentágono norte-americano, entre eles Oliver North, que se associaram a terroristas como Luis Posada Carriles para financiar bandos contrarrevolucionários nicaraguenses com o lucro do traslado e venda de entorpecentes.

Posada foi um dos que planejou o atentado a bomba contra um avião cubano de passageiros que explodiu e caiu no mar em 1973 logo depois de ter decolado de Barbados.

No Afeganistão, ocupado por tropas dos EUA e seus aliados, cresceu o plantio de papoula e a produção de ópio desde 2001. O Escritório de Drogas e Crime da ONU indicou que quando o país sofreu a intervenção estrangeira a papoula era cultivada em 74 mil hectares de terra, e 15 anos suas plantações cobriam 328 mil hectares. A metade da produção é destinada a fabricar heroína e morfina.

Aliás, o país que mais esforço faz para combater a exportação de opioides afegãos não são os EUA, e sim o Irã, hoje satanizado e qualificado de terrorista pelo presidente norte-americano, Donald Trump.



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