Neonazistas invadem EUA

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-03-03 10:36:09

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Por Guillermo Alvarado

O ódio, a intolerância, e a xenofobia estão criando ambiente tóxico nos Estados Unidos, onde proliferam nos últimos tempos as organizações nazistas, que ameaçam desencadear uma guerra racista para estabelecer a supremacia branca na primeira potência econômica e militar do mundo.

A informação foi propiciada pela consultora independente Soufan Group, que se dedica a estudar estes fenômenos naquele país e também na Europa ocidental.

O estudo revela que membros da extrema direita organizaram reuniões para traçar estratégias baseadas na violência. A mais recente aconteceu na Bulgária, no começo do mês de fevereiro, e participaram grupos radicados nos EUA, Polônia, Suécia e Alemanha.

Este tipo de encontro coincide com ações bem planejadas, como a distribuição de pôsteres, decalcomanias e panfletos com propaganda de supremacia branca nas principais universidades norte-americanas.

Porém, mais grave do que isso é a consolidação de grupos como A Base (The Base em inglês) cujo nome equivale ao significado de Al Qaeda em árabe, o que evidentemente não é mera casualidade.

A Base funciona a partir da sombra, com um programa de recrutamento dentro e fora dos EUA através de redes na internet muito bem codificadas, o que dificulta sua localização pelas autoridades. Pois bem, por meio dessas redes busca adeptos a uma guerra de extermínio dirigida especialmente contra imigrantes, negros, muçulmanos e judeus.

Seu líder atua com os pseudônimos de Norman Spear e Roman Wolf e nem os membros do grupo conhecem sua verdadeira identidade, se bem que a edição norte-americana do jornal britânico The Guardian afirma que seu verdadeiro nome é Rinaldo Nazzaro, 46 anos, com vasto histórico como funcionário de inteligência e segurança militar.

Segundo essa fonte, com esse nome teria comprado vários terrenos no estado de Washington para criar campos de treinamento em táticas terroristas, espalhar o caos no país e “libertar” algumas regiões.

Curiosamente, nem A Base, nem outras organizações de extrema direita neofascistas norte-americanas foram declaradas terroristas pelo governo de Donald Trump. Talvez não seja curioso e sim significativo.

Em janeiro passado, membros desse grupo planejaram uma ação que teria acabado num banho de sangue em Richmond, Virgínia, onde se organizou uma marcha de fanáticos da Segunda Emenda da Constituição, que permite a compra e porte de armas de qualquer tipo e tamanho.

A Base ia realizar uma provocação armada contra a manifestação, onde havia gente com fuzis de alto poder com munição ativa, que teria respondido ao fogo de maneira indiscriminada provocando um massacre de consequências inimagináveis.

O objetivo, segundo declararam membros da organização presos antes de terem levado a efeito seu plano, era desencadear o caos e acelerar a queda do governo para instalar um “etnoestado” branco em seu lugar.

Sabe-se de outros grupos similares nos Estados Unidos. E se continuarem de braços cruzados diante disso, se desencadeará o inferno.



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