Por Maria Josefina Arce

Ruas desertas, lojas e escolas fechadas, cidades paralisadas e constantes anúncios de mortes e novos contágios pelo novo coronavírus se tornaram habituais no mundo, nas últimas semanas.

E no meio deste triste panorama, pessoas nas sacadas e janelas cantam para todos, recusam-se a se entregar e buscam o alô e o calor dos vizinhos a distância.

E como uma esperança e mostra de confiança no futuro, a solidariedade de nações como Cuba, que dizem SIM aos pedidos de ajuda de outros povos.

No epicentro da COVID-10 na Itália, na Lombardia, desembarcou uma brigada de profissionais da saúde cubanos para ajudar a combater a doença provocada pelo novo coronavírus que castiga com especial força essa região.

Em total, 52 médicos e enfermeiras somam seus esforços aos do pessoal sanitário da Lombardia, onde a avalanche de casos colapsou o sistema de saúde.

Os médicos e enfermeiras de Cuba fazem parte do Contingente Internacionalista da Saúde “Henry Reeve”, especializado em oferecer assistência sanitária em situações de desastre e graves epidemias. Foi criado em 2005, por iniciativa do líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro.

Acumula experiências em missões difíceis como a luta contra a ebola na África, a cólera no Haiti e o grande terremoto no Paquistão.

Giulio Gallera, assessor de Saúde e Bem-Estar da Lombardia, disse que, no começo, os profissionais da saúde cubanos vão trabalhar no hospital de Crema, no sul, e mais tarde, serão enviados ao novo hospital de campanha que será construído em Bérgamo, o lugar mais castigado da região pelo novo coronavírus, onde morrem centenas de pessoas e há milhares de contagiados.

Brigadas médicas cubanas estão trabalhando, também, no Suriname, Granada, Venezuela e Nicarágua, para ajudar seus colegas locais a enfrentar a COVID 19 que mantém o mundo parado e atemorizado.

Uns 140 especialistas cubanos da saúde, membros da brigada médica “Henry Reeve”, chegaram à Jamaica para colocar seus conhecimentos à disposição do povo jamaicano.

Sem dúvida, o mundo vive, hoje, uma difícil situação. A COVID 19 - declarada pandemia pela Organização Mundial da Saúde - está presente com maior ou menor força em todo o planeta.

As imagens que vemos todos os dias são tristes e dolorosas; no meio de tudo isto reconforta ver que há muitos dispostos a ajudar, que a solidariedade existe e Cuba está na vanguarda.