Cuba reitera: a ordem econômica internacional é injusta

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-06-12 12:38:50

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Por Maria Josefina Arce

A desigualdade existente no mundo de hoje devido à injusta ordem econômica internacional, que promove o egoísmo, o enriquecimento de minorias à custa do sofrimento das maiorias e a destruição de nosso planeta, foi denunciada mais uma vez por Cuba, na conferência virtual de alto nível da ALBA-TCP (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos) realizada na última quarta-feira.

Em sua fala, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel denunciou que os efeitos da Covid-19 castigam com mais força as nações do Sul, porque ao fardo do subdesenvolvimento e endividamento se adiciona sanções econômicas como o bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba que compromete o progresso da Ilha e dificulta a resposta à doença causada pelo novo coronavírus.

Uma realidade que já tinha sido assinalada pelo líder histórico da Revolução Cubana Fidel Castro em seus discursos e escritos. Acertadamente defendeu a cessação da hegemonia, insensibilidade, irresponsabilidade e engano.

Fidel Castro sempre clamou por uma ordem internacional justa e inclusiva e pela utilização da ciência em favor da humanidade e não para a produção de novas armas, uma reclamação de grande vigência em tempos de pandemia.

Por isso, como afirmara o presidente cubano em seu discurso na conferência virtual da ALBA, a solidariedade é indispensável. Tem estado presente desde a criação da ALBA, mas é preciso aperfeiçoá-la no contexto atual, levando em conta os prognósticos da CEPAL (Comissão Econômica da ONU para América Latina) que vaticina queda da atividade econômica e aumento da pobreza na região.

Cuba, como tantas outras vezes, renovou sua disposição para colocar sua experiência no combate à Covid-19 ao serviço dos povos da área  como tem feito até agora na Venezuela, Nicarágua e noutras nações  do mundo.

Hoje em dia, 34 brigadas médicas cubanas, compostas por mais de 2.500 cooperantes, contribuem de maneira solidária para atenuar o impacto da pandemia em 26 países a pedido dos governos. A gratidão dos povos e suas expressões de carinho – como a dos habitantes de Lombardia, Itália – falam por si da alta consideração pelo trabalho dos profissionais cubanos da saúde, apesar da campanha dirigida pelos EUA contra eles.

Cuba também manifestou sua vontade de trabalhar, todos juntos, no enfrentamento à crise econômica que ameaça o mundo e que, ressaltou Diaz-Canel, será mais grave para os que, como Cuba, Venezuela e Nicarágua, são vítimas de medidas genocidas.

Cuba, fundadora da ALBA juntamente com a Venezuela, sempre estará disposta a estender sua mão solidária e continuar trabalhando para o aperfeiçoamento do mecanismo de integração que deu vida a uma relação nova entre os povos e busca elevar o bem-estar de suas nações membros, e de toda América Latina e o Caribe. 



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