Por Guillermo Alvarado

Em meio a inúmeros escândalos políticos e quando vão abrir já um inquérito contra ele por vários delitos, o ex-presidente da Argentina, Mauricio Macri, viaja com sua família à França, com destino final Zurique, na Suíça. É, parece que está fugindo da justiça.

Anteriormente, Macri tinha estado no Paraguai sob o pretexto de se reunir com o presidente  Horácio Cartés. Agora, não se sabe o motivo de sua viagem à Europa, mas provocou mal-estar inclusive entre seus partidários, que o criticaram.

Após uma administração lastimável, Macri deixou um país com uma dívida que não pode ser paga, 40 por cento dos argentinos mergulhados na pobreza, milhões de desempregados e os serviços públicos em ruínas.

Estas são as principais razões pelas que a pandemia da Covid-19 castiga com força a população, que vê pasmada como o responsável de suas desgraças vai passear na Europa. O hotel onde vai passar a quarentena obrigatória é um dos mais exclusivos e caros de Paris.

O chefe de gabinete da Chancelaria argentina, Guillermo Justo Chaves, declarou que ao partir, Macri não tinha nenhum impedimento legal para sair do país. Por isso – pontuou – neste momento não é um problema legal, e sim um assunto ético e de responsabilidade pessoal.

A jornalista Stella Calloni assinalou que, dentro de alguns dias, vão abrir inquérito contra Macri por ter espiado ilegalmente opositores, juízes, jornalistas e até religiosos. As provas contra o ex-presidente são irrefutáveis.

Além disso, vão começar  a investigar um negócio fraudulento no sistema de pedágios em autopistas que manejou a família Macri enquanto ele era presidente.

Está envolvido também em roubo ao sistema de correios, onde devia pagar milhões por uma concessão a uma empresa familiar e para evitá-lo transferiu juízes e magistrados ilegalmente com o propósito de fechar o caso.

Recentemente, foram divulgados documentos sobre empréstimos consideráveis a amigos que praticamente descapitalizaram o Banco Nacional.

São delitos pelos quais inúmeros funcionários, colaboradores e amigos de Macri já estão na cadeia e os indícios apontam o homem que prometeu modificar a república e fez isso para espedaçá-la.

Por sinal, França proíbe a entrada de argentinos no país por causa da grave situação sanitária no país sul-americano, mas o astuto urubu já tinha conseguido a nacionalidade italiana que lhe permitiu esquivar essa lei.