A Amazônia continua exposta ao perigo

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-08-11 10:49:37

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Por Maria Josefina Arce

A crise sanitária mundial provocada pela Covid-19 concentra a atenção de todos, porém continua latente outra ameaça para o planeta: os incêndios na maior floresta tropical.

Ninguém consegue tirar da cabeça aquelas imagens de devastação que causou o fogo na Amazônia, no ano passado. Pois bem, sobre a região torna a pairar esse perigo, em boa parte pela ação destrutiva do homem.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil advertiu: em julho passado, o número de focos de incêndios bateu recorde com 6.091, comparado com os 5.318 focos no mesmo período de 2019. Subiu 77 por cento o número de fogos detectados em terras indígenas desprovidas de qualquer proteção governamental.

No ano passado, a Amazônia – um dos pulmões do planeta – viu como se perdiam inúmeras espécies de plantas e animais.

Naquele momento, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro tentou minimizar a tragédia ambiental e jogou a culpa na temporada seca. Inclusive, acusou organizações não governamentais, sem provas, de terem começado os incêndios para minar sua autoridade.

Os estudos demonstraram que o número de incêndios esteve em consonância com o desmatamento. As 10 municipalidades com as taxas mais elevadas de tala indiscriminada foram as mais prejudicadas pelas chamas.

De fato, a política ambiental de Bolsonaro deu luz verde à pecuária e a mineração, que, sem controle, afeta o meio ambiente.

Os peritos insistem em que a Covid-19 ajudou o atual governo brasileiro a ocultar seu programa de desmatamento. Recordam que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, disse que devia se aproveitar que a imprensa estava concentrada na crise sanitária para mudar regulamentos e simplificar as normas de proteção.

O alarme disparou de novo na Amazônia. Corre risco uma das sete maravilhas naturais do mundo, que não deve permitir que se perca sua rica biodiversidade.

 

 



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