Água e fogo

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-10-06 18:32:25

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Por Guillermo Alvarado

Os cientistas estão advertindo há muito tempo sobre as severas consequências da mudança climática, especialmente por causa da frequência e potencial destrutivo de eventos da natureza. Estamos falando concretamente em fenômenos ocorridos recentemente  nos Estados Unidos e na Europa.

Autoridades do estado da Califórnia, na costa oeste dos Estados Unidos, divulgaram uma informação que deixou todos pasmados: os incêndios florestais ocorridos nesse estado devastaram um milhão 600 mil hectares de florestas, um número inédito.

Trata-se de uma superfície superior a de Connecticut e o dobro do recorde anterior, assinalou Scott McLean, porta-voz do Departamento Florestal e de Proteção contra Incêndios da Califórnia.

Mais de 8.200 fogos ao longo de 2020 provocaram a morte de 31 pessoas e reduziram a cinzas 7.400 casas, detalhou McLean deixando claro que o pesadelo está longe de terminar.

A voracidade dos incêndios está ligada ao aquecimento global causado pelo consumo excessivo e extração de petróleo, carvão e gás, que converteu as árvores e o capim em materiais facilmente inflamáveis, disse o perito.

Já na Europa banhada pelo mar Mediterrâneo, a morte e a destruição vieram pela água e o barro. Insólitas enchentes castigaram o departamento francês dos Alpes Marítimos, cuja capital é Nice, e as vizinhas regiões italianas de Piamonte, Vale de Aosta e Linguria.

O presidente de Piamonte, Alberto Sirio, disse que em 24 horas caíram 600 milímetros de chuva, um fenômeno que não acontecia desde a década de 1950.

Na França, as imagens são desoladoras. Casas arrastadas pela correnteza, rodovias cortadas e pontes destruídas que deixaram dezenas de vilarejos incomunicáveis nos arredores de Nice.

Até agora, há 18 desaparecidos nessa região francesa. Na Itália houve sete mortos, mas os números podem subir.

Tanto os incêndios, quanto as tempestades são eventos da natureza extremos provocados pelo comportamento irresponsável dos seres humanos, que insistem em modelos de produção e consumo agressivos para o meio ambiente, isto é, para a própria vida.

As lições são amargas. Porém, aqueles que devem tomar as principais decisões parece que não aprenderam nada.



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