Pandemia cara

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-10-27 17:28:57

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Por Guillermo Alvarado

O Fundo Monetário Internacional – FMI – admitiu que para os povos da América Latina e o Caribe o custo econômico e humano da pandemia da Covid-19 é muito elevado e vai demorar muito tempo reparar os danos.

Altos funcionários do departamento do Hemisfério Ocidental da entidade avaliaram o que tinha ocorrido na região, uma das mais contundidas pelo vírus, ainda ativo na maioria dos países, embora tenham sido levantadas muitas restrições.

Com apenas 8,2 por cento da população mundial, a região detinha, no final de setembro, 28 por cento dos casos e 34 por cento das mortes por essa pandemia.

Finalizando outubro, havia mais de 10 milhões de contagiados e perto de 370 mil mortos na América Latina e o Caribe, uma carga humanitária pesada com grave repercussão na economia.

Segundo o FMI, a maioria dos países só recuperará atividade similar ao período anterior à crise sanitária em 2023, porém as rendas pessoais e familiares terão de esperar outros dois anos, ou seja, até 2025, por sua recuperação.

Para os peritos, há duas características específicas da economia regional que incidem nesta situação.

Em primeiro lugar, 45 por cento dos empregos estão em setores como restaurantes, comércios varejistas e transporte público, que foram os primeiros que se arruinaram por causa da pandemia.

Em segundo lugar, apenas um de cinco postos de trabalho na região se pode preencher a distância, ou seja, trabalhar a distância utilizando as novas tecnologias de comunicação. O resto exige presença física.

Em consequência, no segundo trimestre de 2020 só no Brasil,, México, Chile, Colômbia e Peru se perderam 30 milhões de empregos que eram ocupados por jovens, mulheres e pessoas com pouca formação escolar.

 A Comissão Econômica da ONU para América Latina e o Caribe  - CEPAL – tinha informado que 2,7 milhões de empresas fecharam na área por culpa da Covid-19 e deixaram 44 milhões de pessoas desempregadas.

No final deste ano, a pobreza afetará 231 milhões de latino-americanos e caribenhos e a pobreza extrema será de 96 milhões.

Os governos terão de concentrar um grande esforço em recuperar a economia, porém ainda não se sabe quando a pandemia permitirá colocar em funcionamento as engrenagens da produção, do comércio e do consumo.



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