Caminho da esperança

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-11-10 12:45:32

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Por Guillermo Alvarado

No domingo, oito de novembro, acabou definitivamente aquele regime que tinha sido imposto depois do golpe contra Evo Morales, arquitetado nos Estados Unidos e levado a efeito pela Organização de Estados Americanos – OEA - e seu secretário geral Luis Almagro.

Foi uma grande festa na que não faltou a cerimônia da Pachamama ( Mãe Terra) prestigiada por Arce, seu vice, David Choquehuanca, e representantes de comunidades indígenas de quase todo o país, alguns viajaram centenas de quilômetros.

Jeanine Áñez, colocada na presidência pelos golpistas, não compareceu à posse de Arce, em La Paz, e fez muito bem, sua presença teria escurecido esse dia de júbilo popular.

Um dia antes, símbolo dos novos tempos, vários ministros e funcionários do governo de Evo Morales saíram da embaixada do México, onde tinham encontrado refúgio durante vários meses.

A missão de Arce e Choquehuanca, do Movimento ao Socialismo (MAS) será difícil, porquanto recebem um país profundamente danificado, tanto no aspecto econômico quanto social.

O novo presidente admitiu essa situação quando afirmou: governaremos com responsabilidade e inclusão, para que a Bolívia volte ao caminho da estabilidade.

Explicou que, em um ano, decaíram todas as conquistas que converteram a Bolívia em referência na região, mesmo assim, vamos derrotar a pandemia da Covid-19 e vencer a crise econômica, garantiu.

Pouco antes, em sua conta no Twitter, Arce agradeceu a todos que o acompanharam na volta do MAS ao poder e deixou claro que na Bolívia começava uma nova era.

A posse de Arce não foi apenas um dia especial para a Bolívia, mas também de alento e esperança para a região toda, onde está sendo provado que o chamado ciclo da restauração conservadora, isto é, da maré neoliberal, não lançou raízes, sua presença pode ser efêmera se a unidade prevalecer.

O livro sagrado dos maias convoca: que todos se levantem, que todos sejam convocados, que não haja um grupo, nem dois de nós, que fique atrás dos demais.

 

 



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