Por Guillermo Alvarado
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu aos países membros da entidade que o cansaço produzido pela prolongada pandemia da Covid-19 não os desalentasse, não podiam fechar os olhos aos graves perigos que representa.
Nossa única esperança é a ciência, as soluções e a solidariedade, disse o funcionário ao abrir o atual período de sessões da Assembleia Mundial da Saúde, que se realiza em formato virtual devido às restrições pelo SARS-COV-2.
A reunião congrega diplomatas e os mais altos responsáveis do setor nos 194 países que compõem a OMS.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde afirmou que o vírus é mais perigoso para quem tiver graves problemas de saúde, mas também ataca outras fraquezas, como as desigualdades, a divisão, as boas palavras, a negação e a ignorância deliberada.
“Não podemos negociar com a Covid-19, nem fechar os olhos e esperar que suma”, disse.
O mundo registra uns 50 milhões e meio de contágios e um milhão 255 mil mortos, estes números sobem vertiginosamente todos os dias.
Na última segunda-feira, havia na América Latina e o Caribe 11,7 milhões de doentes e mais de 412 mil mortos. Na maioria dos países não podemos falar em segunda onda, porque a primeira ainda continua no auge.
Provavelmente, o número de contagiados é bem maior, porque em cada nação utilizam métodos diferentes para contar os casos. Há várias que só consideram doentes aquelas pessoas que vão ao hospital para serem atendidas, e não fazem pesquisas entre a população.
O país mais afetado no mundo continua sendo os Estados Unidos, com quase dez milhões de contágios e 237 mil mortos. O virtual presidente eleito, Joe Biden, anunciou a criação de um conselho científico para assessorá-lo no combate a esse mal; disse que começaria tão logo entrasse na Casa Branca.
Disse, também, que deseja cancelar a saída do país da OMS.
Entrementes, cresce a preocupação com a pandemia na Europa, onde a segunda onda da Covid-19 se espalha velozmente. Na Itália, o presidente do Colégio Médico, Filippo Anelli, pediu ao governo que pusesse em prática o confinamento total.
Infelizmente, o vírus não dá sinal de esgotamento, continua sendo uma grande ameaça para a nossa espécie. Em troca, há fortes indícios de que as pessoas estão começando a sentir fadiga.