Desemprego e Covid, uma mistura mortal

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-11-13 13:23:13

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OIT prevé más pérdidas de empleo por Covid-19. Imagen / Prensa Latina.

Por Guillermo Alvarado

As mulheres, os jovens menores de 25 anos e as pessoas despreparadas, com pouca instrução, são as principais vítimas do aumento do desemprego causado pela pandemia da Covid-19 na América Latina e o Caribe, assinalam organismos especializados.

Um relatório da Organização Internacional do Trabalho OIT redigido em parceria com a Comissão Econômica da ONU para América Latina e o Caribe CEPAL revela que em 2020 a taxa de desemprego subiu rapidamente e sua recuperação será demorada.

Se a nossa região mantivesse o ritmo de crescimento de 3 por cento do Produto Interno Bruto - o mais favorável  nas circunstâncias atuais - os  índices que havia antes da crise sanitária seriam atingidos em 2023.

Porém, se o crescimento ficasse na média da última década, ou seja, 1,8 por cento, esses resultados só seriam alcançados em 2025.

No panorama mais negativo, de 0,4 por cento obtidos nos últimos seis anos, o emprego não vai se recuperar nos próximos 10 anos.

Por sua vez, ao fecharem massivamente pequenas e médias empresas, a perda de postos de trabalho se elevou a 47 milhões, comparado com o ano passado.

A economia e o mercado de trabalho na América Latina e o Caribe sofreram o maior golpe dos últimos 100 anos, com custos muito graves.

São prejudicadas as mulheres, que habitualmente têm maiores dificuldades para achar emprego, e se conseguem se colocar vão ganhar pelo mesmo trabalho um salário inferior ao de seus colegas homens.

Igualmente se prejudicam os jovens na faixa etária de 17 a 25 anos, principalmente aqueles que buscam seu primeiro emprego com poucas chances de serem bem-sucedidos.  A Covid-19 está abrindo chagas na carteira de trabalho de muitas pessoas.

Igualmente, são atingidas as pessoas despreparadas, que preenchem vagas não compatíveis com o trabalho a distância, e não tiveram outra opção senão enfrentar os riscos da doença, ou perder sua fonte de renda.

Mesmo que a pandemia afrouxasse na primeira metade de 2021, as possibilidades de achar emprego continuarão sendo remotas, o que esticará a crise econômica e social a não ser que os governos adotem medidas apropriadas.

Por exemplo, a implementação de programas que combinem capacitação com remuneração para incentivar as pessoas; ou oferecer ajuda financeira às pequenas e médias empresas para que possam enfrentar os efeitos da crise sanitária e econômica global.

 

 



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