Por um Mercosul verdadeiramente integrador

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-11-26 12:38:24

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Por Maria Josefina Arce

Dezembro de 2020 pode marcar a necessária diferença no Mercosul. No mês que vem, a Argentina assumirá a presidência pro tempore do bloco. Com novo governo, confirmou seu compromisso com a integração da América Latina.

Recentemente, o presidente argentino Alberto Fernández, insistiu na necessidade de uma região totalmente integrada para construir um mundo mais equilibrado.

Nos últimos anos, o Mercosul tem sido utilizado pela direita para atacar nações membros com governos progressistas.

A usurpação da presidência do Brasil em 2016 pelo golpista Michel Temer e a chegada ao poder, um ano antes, de Maurício Macri na Argentina modificaram o modo de agir do bloco regional.

Venezuela e sua Revolução Bolivariana se tornaram o centro das agressões. Em 2016 a Venezuela foi privada de ocupar a presidência pro tempore que lhe correspondia conforme acordo de rotação.

Um ano mais tarde, Caracas foi afastada do Mercosul em nova agressão por conta do Paraguai, Argentina e Brasil, sob o pretexto de uma  suposta ruptura da ordem democrática.

Mercosul mudou e centrou seus interesses em se aproximar da União Europeia e da Aliança do Pacífico, que tinha sido criada em 2011, segundo muitos, para socavar a UNASUL – União de Nações Sul-Americanas – nascida por iniciativa do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez.

A fim de avançar rumo à necessária integração, cujo propósito é o desenvolvimento e o bem-estar dos povos, Argentina promoverá a entrada plena da Bolívia, que hoje também conta com um governo comprometido com a unidade latino-americana.

Desde 2012, sob o governo do ex-presidente Evo Morales, Bolívia está tratando de aderir como membro ao Mercosul. Hoje, só falta que o Congresso do Brasil assine o Protocolo de Adesão, que já foi ratificado pelo resto dos países: Paraguai, Uruguai e Argentina.

Com a presidência pro tempore da Argentina, a partir de dezembro, se abrem novas perspectivas para o Mercado Comum do Sul, um mecanismo desvirtuado pela direita e seus interesses e que, para muitos, atravessa não só por uma crise sanitária, mas também política e existencial.

 

 



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