Centenas de cubanos favorecidos com o programa de implante coclear

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-02-26 15:45:01

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Por: Maria Josefina Arce

Presume-se que até 2050, uma de 10 pessoas no mundo se verá afetada pela diminuição de seu sentido de audição, um problema que atinge, hoje, cinco por cento da população no planeta.

Associada ao atraso do desenvolvimento cognitivo, o isolamento social e à depressão, a hipacusia pode afetar um ou ambos os ouvidos.

Há 64 anos, na França, se realizou o primeiro implante coclear.

Em Cuba, esse tipo de implante foi aplicado a partir de 1997. E, por iniciativa do líder histórico da Revolução Fidel Castro, começou um Programa nacional que foi aperfeiçoado a partir de 2005, para garantir apoio efetivo ao desenvolvimento individual e social desses pacientes.

O ministério da Saúde Pública garante todos os acessórios, não tem importância o preço que tiverem, são adquiridos das mais importantes firmas produtoras.

O bloqueio genocida dos EUA, que prejudicou notavelmente o sistema de Saúde cubano ao longo dos últimos sessenta anos, também causou dano a esse vital programa de grande impacto social quanto à tecnologia, abastecimento e insumos.

Uma equipe multidisciplinar participa de todo o processo, que é longo, explicam os especialistas. Começa com a seleção do candidato, logo a seguir o paciente passa por cirurgia, se programa o dispositivo e, finalmente, a fase de reabilitação.

Centenas de pessoas que nasceram surdas ou com deficiências auditivas, a maioria delas menores, foram favorecidas em Cuba com este tipo de implante.

Desde 2015, em Cuba também se realizam implantes bilaterais, isto é, cirurgia simultânea para colocar os aparelhos em ambos os ouvidos, uma técnica que só se aplica em nações desenvolvidas devido ao elevado preço da implantação.

Apesar das limitações, Cuba exibe um bom desenvolvimento nesse ramo da medicina, reconhecido em nível mundial. Em Havana, se criou em 2009, o Grupo Ibero-Americano de Implante Coclear.

Esse implante pode custar até 60 mil dólares, um preço proibitivo para muitas pessoas no mundo. Em Cuba, contudo, é gratuito e está certificado pelos notáveis resultados da medicina cubana.

O que verdadeiramente conta em Cuba é que os favorecidos por esse programa se integrem inteiramente na sociedade.



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