A terceira onda

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-04-06 18:44:56

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Sanitarios llevan a fallecidos por Covid a una morgue de El Paso, Texas. Reuters.

Por: Guillermo Alvarado

O título deste comentário “A terceira onda” nada tem a ver com o livro homônimo publicado em 1979 por Alvin Toffler sobre sua visão do mundo posterior à era industrial, ainda quando guarde relação com o futuro da humanidade ameaçado pela pandemia da Covid-19 que não cede em intensidade.

Quase um ano e três meses depois da descoberta dos primeiros casos e apesar das campanhas de vacinação em andamento em vários países, a crise sanitária global cobre de sombras povos e nações, especialmente aqueles que não conseguem ver a luz no final do túnel.

Na Europa, vários governos tiveram de retornar ao lockdown para cortar os contágios nesta terceira onda, que parece mais agressiva do que as anteriores.

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde OMS disse que era inadmissível a demora na vacinação na Europa.

Em verdade, demonstra que não é apenas uma questão de dinheiro para comprar e armazenar os imunizantes, e sim de organização e eficácia.

Até agora, a zona Europa da OMS – que abrange Rússia, Israel, Turquia e algumas antigas repúblicas soviéticas do Cáucaso – vacinou, em média, 12 por cento de sua população.

Algumas nações vão mais rápidas, como Israel, Reino Unido, Malta, Hungria e Sérvia, mas outras, e não exatamente as mais pobres, como França, Itália, Espanha e Alemanha, estão muito atrasadas.

Na América Latina, o drama atinge proporções alarmantes.  A região superou os 25 milhões de contágios e se aproxima dos 800 mil mortos, com o Brasil à frente onde a doença está fora de controle.

No Brasil, cujo governo fez ouvidos moucos às recomendações de especialistas locais e estrangeiros, há 13 milhões de casos e 328 mil mortos. Faz alguns dias atrás, houve 70.000 novos doentes e 3.000 mortos em apenas 24 horas.

O Chile, que tem o maior percentual de população vacinada na área, não está conseguindo conter o vírus superando um milhão de contágios e 23 mil mortos, o que obrigou a fechar as fronteiras a partir da última segunda-feira.

Vamos ver o que vai acontecer após os feriados de Páscoa, quando em muitos lugares da região as pessoas foram em massa para a praia e centros de lazer, ante a atitude irresponsável dos governos.

A vida demonstrou que este coronavírus não se cansa. Quando se aplicam medidas fortes, recua, mas quando se relaxa volta com mais força, portanto a prevenção continua sendo a melhor arma que temos na mão.

 

 

 



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