A irmandade entre Cuba e Bolívia ninguém conseguiu quebrar

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-06-04 21:58:22

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Foto / Infodiez.

Maria Josefina Arce

Os médicos cubanos salvaram inúmeras vidas na Bolívia. Porém, após o golpe de Estado de novembro de 2019 contra o então presidente Evo Morales, as autoridades golpistas chefiadas por Jeannine Áñez propiciaram com suas mentiras o fim da cooperação entre as duas nações.

Lançaram uma campanha baseada em mentiras e mensagens de ódio contra os cooperantes cubanos. Os nossos profissionais da saúde foram vítimas de ataques e quatro deles presos arbitrariamente e finalmente soltos ao se comprovar que as acusações contra eles eram falsas.

Os golpistas espalharam que os cubanos estavam encorajando os protestos do povo boliviano contra o golpe que eliminou os programas sociais em favor de todos os cidadãos, especialmente dos mais humildes.

Os médicos cubanos se dedicavam unicamente ao seu trabalho humanitário, ofereceram mais de 70 milhões de consultas, e realizaram um milhão 500 mil cirurgias.

A saída dos profissionais da saúde cubanos da Bolívia foi um duro golpe para os segmentos populacionais mais vulneráveis. Naquela ocasião, em sua conta no Twitter, o chanceler cubano Bruno Rodriguez detalhou que em apenas dois meses sem brigada médica na Bolívia perto de mil mulheres não tiveram assistência especializada em seus partos.

Com a volta do MAS – Movimento ao Socialismo – ao poder, no ano passado, Bolívia e Cuba retomaram suas relações que sempre se caracterizaram pelo respeito recíproco e a ajuda desinteressada e que na área de saúde marcou um antes e um depois no país andino.

Ambas as nações trocaram experiências no combate à Covid-19, que tinha sido focalizado com total ineficácia pelo regime golpista.  Cuba deixou clara sua disposição de ajudar na luta contra a doença causada pelo novo coronavírus.

Em dias recentes, o presidente boliviano Luis Arce destacou a intervenção sanitária em Cuba com candidatos vacinais próprios contra a Covid-19.

“Uma boa nova para a Pátria Grande” disse Arce, em referencia ao esforço concentrado pelos cientistas cubanos que, no meio das barreiras impostas pelo bloqueio norte-americano, deram vida a cinco candidatos vacinais contra a doença.

Cuba e Bolívia retomaram suas relações econômicas, comerciais e de cooperação, levando em conta as potencialidades existentes que durante o governo de Evo Morales se traduziram em benefícios para as duas nações.

E muito importante: é uma prioridade continuar estreitando as relações de amizade e irmandade entre ambos os povos. A postura hostil do governo golpista não conseguiu quebrá-las.

 

 



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