Condições de vida dos uruguaios vão piorando

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-06-22 21:12:13

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Imagen / Prensa Latina.

Maria Josefina Arce

O governo do presidente Luis Lacalle Pou enfrentou em dias recentes uma nova greve nacional contra as difíceis condições de vida de boa parte dos uruguaios. Os manifestantes exigiram, ao mesmo tempo, medidas efetivas para conter a Covid-19.

O protesto foi organizado contra a fome e a desigualdade que se espalham pelo Uruguai no meio do complicado panorama criado pela doença. Como sempre, os pobres sofrem as piores consequências.

Surgiram mais de 100 mil novos pobres e sete mil pessoas caíram na mendicância em pouco mais de um ano de pandemia naquele país sul-americano. Para quem não sabe, o Uruguai tem pouco mais de três milhões de habitantes.

A crise ligada à Covd-19 não só disparou o número de uruguaios pobres e indigentes, mas também gerou maior desigualdade quanto à distribuição de rendas.

No meio do complicado panorama sanitário – quase 350 mil contagiados e mais de cinco mil mortos- a sociedade também está preocupada com o desemprego e os salários.

No final do ano passado, 10,5 por cento das pessoas estavam desempregadas no Uruguai. Em Montevidéu, a capital, o indicador era de 8,4 por cento. Já nas zonas do interior a situação é bem mais complicada, o desemprego beira 12 por cento.

As mulheres são as mais atingidas, o desemprego entre elas é de quase 13 por cento. Já entre os homens a taxa é de 8,7 por cento.

O Instituto Nacional de Estatísticas revela que 25 por cento da população economicamente ativa são trabalhadores informais, que sofreram demais com as limitações  impostas pela pandemia.

O Instituto também detalhou que no ano passado quase 12 por cento da população não ganharam dinheiro suficiente para satisfazer suas necessidades básicas.

 Legisladores da oposição assinalaram que o governo deve tomar medidas mais rigorosas nas áreas sanitária, econômica e social para evitar que a situação piore.

Mario Bergara, senador da esquerdista Frente Ampla, afirmou que o desemprego, a informalidade, o fechamento de empresas de pequeno e médio porte e a pobreza podem ser evitadas.

Vastos segmentos do Uruguai consideram falida a estratégia sanitária, econômica e social do governo do direitista Lacalle Pou, que conduziu à deterioração das condições de vida de boa parte dos uruguaios e à subida dos casos de Covid-19 nos últimos meses.

 

 

 



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