Fracasso mortal

Editado por Irene Fait
2021-11-03 18:00:37

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

Por Guillermo Alvarado

Cinco milhões de pessoas morreram de Covid-19 em todo o planeta, revelam dados publicados pela Universidade John Hopkins, dos Estados Unidos. Sem dúvida, é um número impressionante, contudo, alguns acham que há muito mais.

Ao tomar conhecimento da informação, o secretário geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, afirmou que era um fracasso de todos, e um sinal de que é preciso continuar tendo muito cuidado com essa doença.

Em muitos lugares no mundo, há hospitais repletos e profissionais da saúde esgotados, disse Guterres. E observou que novas variantes do vírus podem aparecer disparando os contágios que, por enquanto, superam os 246 milhões desde o início da crise.

Estados Unidos ocupam o 1º lugar nas estatísticas de mortos com 745.800 mortes; em 2º lugar aparece o Brasil, com 607.800 e a 3ª colocada é a Índia, onde 458 pessoas perderam a vida.

Apesar dos elevados números, há consenso de que não se correspondem com a realidade, são muito menores, levando em conta que em muitos lugares os registros são pouco fiáveis.

O outro problema que ainda não se resolveu é a desigual distribuição e aplicação das vacinas contra o novo coronavírus, que foram monopolizadas pelas nações mais ricas em prejuízo das menos desenvolvidas.

Recente artigo publicado pelo jornal britânico Financial Times revela que um pequeno grupo de países ricos recebeu, em média, 16 vezes mais doses para cada habitante, com relação aos que necessitam ajuda para ter acesso aos imunizantes.

Mecanismos como COVAX, desenhado pela Organização Mundial da Saúde para garantir vacinas aos mais necessitados, não funcionam, porquanto os laboratórios multinacionais preferem fazer negócios com as grandes potências.

No tempo em que os Estados Unidos já estão aplicando a terceira dose e estocam seis vacinas para cada pessoa, há regiões na África onde apenas três por cento de seus habitantes receberam a primeira dose.

A especialista em doenças infecciosas Mônica Ghandi declarou ao portal Democracy Now que a pressão exercida por algumas potências para aplicar doses de reforço desvia a atenção do descumprimento de uma obrigação moral e ética com o mundo.

 



Comentarios


Deja un comentario
Todos los campos son requeridos
No será publicado
captcha challenge
up