O direito de Cuba de escolher seu caminho

Editado por Irene Fait
2021-11-12 16:25:59

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Imagen ilustrativa tomada de Cubasí

Por Maria Josefina Arce

Todos os povos têm o direito de escolher seu caminho e trabalhar pelo seu desenvolvimento e bem-estar. Qualquer ato proveniente do exterior para conter esse avanço e buscar uma mudança de regime é uma ingerência em seus assuntos domésticos, internacionais e uma ameaça à paz.

Cuba sempre esteve na mira dos Estados Unidos desde o século 19, quando Washington utilizou de pretexto a explosão do encouraçado Maine, na baía de Havana, em fevereiro de 1898, para declarar a guerra à Espanha e entrar na contenda hispânico-cubana.

O nascente imperialismo norte-americano escondia seu verdadeiro propósito de impedir a vitória dos cubanos em sua luta pela independência da metrópole espanhola.

Antes disso, suas apetências sobre Cuba passaram por várias tentativas de compra à Espanha, pressões de anexação, e o não reconhecimento à justa luta dos independentistas cubanos.

Derrotada, a Espanha desistiu de suas demandas sobre Cuba, que passaria a ser então colônia dos Estados Unidos. A vitória da Revolução em janeiro de 1959 pôs fim a essa situação, durante a qual os sucessivos governos entregaram Cuba às companhias norte-americanas, enquanto isso o povo vivia mergulhado na pobreza, insalubridade e analfabetismo.

A Revolução foi alvo desde o começo de impiedosa perseguição, ódio e descrédito que se prolongaram ao longo de décadas, acompanhados de um genocida bloqueio econômico, comercial e financeiro.

Esta guerra não declarada endureceu nos últimos meses, no meio da pandemia. Seu propósito é falsear a realidade de Cuba até provocar uma explosão social, denunciou o chanceler cubano, Bruno Rodriguez, ao detalhar a situação ao corpo diplomático credenciado em Havana.

O ministro das Relações Exteriores mostrou elementos que provam como se organiza, a partir dos EUA, essa operação com a participação de importantes funcionários do governo norte-americano, Departamento de Estado, outras agências, senadores e congressistas com conhecida postura anticubana.

Rodriguez explicou que desde 22 de setembro passado, houve 29 declarações do governo norte-americano e de figuras influentes do Congresso incitando ações em Cuba contra a ordem constitucional.

Enquanto isso, Cuba continua trabalhando pelo bem-estar de seus cidadãos, estão aí para conferir a bem-sucedida campanha de vacinação contra a Covid-19, as transformações das comunidades e as medidas adotadas para aquecer a economia, após quase dois anos de pandemia e o endurecimento do bloqueio.

A política de Washington contra Cuba é disfuncional, ineficaz e cara para o contribuinte norte-americano.



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