Desmond Tutu, defensor dos direitos humanos

Editado por Irene Fait
2021-12-27 16:55:51

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp



Desmond Tutu, 90, was Nobel Peace Prize laureate and veteran of South Africa’s struggle against white minority rule.​


A África do Sul está de luto. Morreu o arcebispo emérito sul-africano Desmond Tutu, figura chave na luta contra o sistema da apartheid que tinha prevalecido formalmente naquele país de 1948 até o começo da década de 1990.

Ao divulgar a notícia, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, descreveu Tutu como um patriota sem par, um líder de princípios, um homem de extraordinária inteligência e integridade.

Desmond Tutu recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1984. Ele trabalhou pela reconciliação e o perdão numa sociedade vítima de uma política de segregação racial imposta pelo governo de minoria branca contra a majoritária população negra.

Através da igreja, ergueu sua voz para denunciar os crimes da apartheid, que, em língua africânder, significa “separação”.

De fato, quase todo o território da África do Sul (87%) estava reservado para os brancos. Os cidadãos negros foram relegados às reservas étnicas, não podiam frequentar as mesmas escolas, praias, e outros lugares destinados exclusivamente para a minoria branca.

Havia 317 leis que legalizavam o racismo e despojavam de seus direitos boa parte da população sul-africana, sempre defendida pelo primeiro arcebispo anglicano negro. Era amado e respeitado pelo seu povo e admirado no mundo todo.

“A voz dos que não têm voz”, assim o descrevia Nelson Mandela, outro dos ícones da luta contra a apartheid e o primeiro presidente negro da África do Sul ao ganhar as eleições de 1994.

Sob o governo de Mandela, recebeu Tutu a difícil missão de presidir a Comissão da Verdade e Reconciliação, um organismo incumbido de investigar as atrocidades cometidas sob a política segregacionista, evitando qualquer espírito de vingança.

Tutu descreve seu país como a Nação do Arco-Íris, após o fim da apartheid, um país multiétnico e multicultural.

Ao longo de sua vida defendeu, também, os direitos das comunidades LGTB, pediu acesso igualitário ao tratamento dos aidéticos e denunciou a discriminação contra as pessoas que vivem com HIV.

Igualmente, Tutu apoiou a demanda argentina de soberania das Ilhas Malvinas.

A África do Sul e o mundo lamentam a morte de um homem extraordinário, de largo sorriso e rosto afável, que não hesitou discordar muitas vezes da hierarquia eclesiástica para defender os direitos humanos.

 

 



Comentarios


Deja un comentario
Todos los campos son requeridos
No será publicado
captcha challenge
up