Em 2022 também haverá eleições na América Latina e o Caribe, onde serão eleitos presidentes e membros dos órgãos legislativos. A atenção se concentra no Brasil, Colômbia e Costa Rica, ante o avanço das forças progressistas nos últimos meses em outras nações da região.

As contendas começam no dia 19 de janeiro em Barbados, um ano antes do estipulado e pouco depois de o país se tornar formalmente república, em novembro passado, após cortar laços com a coroa britânica.

Estima-se que haverá duro confronto entra o Partido Trabalhista de Barbados, da primeira-ministra Mia Mottley e o Partido Trabalhista Democrático, derrotado nos pleitos de 2018.

Em seis de fevereiro será a vez da Costa Rica. Os costarriquenhos elegerão presidente, dois vices e os 57 deputados da Assembleia Nacional.

Vinte candidatos concorrerão à presidência. Se nenhum deles obtiver ao menos 40% dos votos haverá segundo turno em 3 de abril. Uma pesquisa do Centro de Investigação e Estudo Político da Universidade da Costa Rica revela que há 53% de indecisos.

Sem dúvida, os dois países que geram maior expectativa são Colômbia e Brasil, levando em conta que seus governos presididos respectivamente por Ivan Duque e Jair Bolsonaro não gozam da aprovação dos eleitores.

Na Colômbia, os cidadãos votarão duas vezes. No mês de março, serão renovadas as duas Câmaras do Congresso. Segundo os analistas, as eleições legislativas vão traçar o caminho do que acontecerá em maio.

Nesse mês será escolhido o substituto de Ivan Duque, cujo governo esteve marcado pelo aumento da violência armada, os deslocamentos forçados, o descumprimento na implementação do Acordo de Paz e uma greve nacional que reclamava melhores condições de vida e foi reprimida pelo governo.

Embora ainda não haja nada definido, porquanto são vários os que pretendem ser candidatos pelo seu partido ou coalizão, as pesquisas de opinião revelam que o esquerdista Gustavo Petro, do partido Pacto Histórico, é um dos que mais chances têm para ganhar os pleitos.

No mês de outubro, os brasileiros elegerão seu presidente, senadores e deputados do Congresso. Espera-se que o polêmico e criticado atual presidente Jair Bolsonaro se apresente para reeleição. Sem dúvida, terá um forte rival no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que conta com grande apoio da cidadania. Todos recordam sua gestão positiva de 2003 a 2010, quando milhões de brasileiros saíram da pobreza.

Pesquisas de opinião revelaram que Lula lidera as intenções de voto com 48%, enquanto que Bolsonaro ocupa o segundo lugar com apenas 21% da preferência.

O ano 2022 será intenso na América Latina e o Caribe, pois definirá se o avanço das forças progressistas e o compromisso de trabalhar para o bem-estar de todos será consolidado, ou continuarão apostando nas políticas neoliberais que representam maior pobreza e mais fome.