Fome no Chifre Africano

Editado por Irene Fait
2022-02-10 16:12:58

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Imagen / Fao

A conjugação de três graves fatos: a intensa estiagem, os intermináveis conflitos armados e o efeito da pandemia da Covid-19 estão provocando severa fome no Chifre Africano, onde elevado número de pessoas carece dos nutrientes mínimos indispensáveis.

Recente informe do Programa Mundial de Alimentos (PMA) advertiu sobre esta situação, que poderia conduzir de novo a uma crise similar a da década de 1982 a 1991, quando perto de dois milhões de pessoas morreram de fome naquela região.

Etiópia, Eritréia, Somália e Djibuti são os países que compõem o Chifre Africano, a porção leste desse continente. Abrangem um milhão 882 mil quilômetros quadrados, onde vivem 130 milhões de pessoas.

Hoje em dia, 10 por cento dessa população padecem o efeitos da falta de alimentos e precisam rapidamente de ajuda humanitária internacional para salvar suas vidas.

Trata-se de uma área que, ao longo da história, teve grande instabilidade política, econômica e social, com guerras domésticas ou entre as nações que a compõem provocando grandes deslocamentos de pessoas em busca de segurança.

Devido à sua posição geográfica, no acesso ao Mar Vermelho que conduz ao Canal de Suez, onde transitam todos os dias navios carregados de petróleo e outros produtos, atrai os Estados Unidos e as potências européias, mas não porque queiram propiciar seu desenvolvimento.

Washington foi um dos principais protagonistas das “missões humanitárias” da ONU na Somália, cujo verdadeiro propósito era garantir o fluxo de combustíveis e de matérias-primas.

Essas missões acabaram sendo um fiasco, a batalha de Mogadíscio inclusive, na que as tropas elite do Pentágono sofreram humilhante derrota, e, finalmente, o ex-presidente William Clinton ordenou sua retirada.

Para além das guerras, é uma área castigada por eventos da natureza, como intensas estiagens, pragas ou enchentes.

É uma das regiões da África com menor índice de vacinação contra a Covid-19, o que prejudica ainda mais a fraca economia local.

O Fundo da ONU para a Infância (UNICEF) detalhou que ao menos cinco milhões e meio de crianças menores de cinco anos padecem desnutrição aguda no Chifre Africano que compromete sua vida e seu futuro.

Sem dúvida, é um desafio para a humanidade que se soma às calamidades no Afeganistão, Iêmen, Iraque, Líbia e uma longa lista que demonstra tudo que nos falta aprender para viver em paz e concórdia neste mundo de hoje.



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