Cuba aposta no Caribe resiliente

Editado por Irene Fait
2022-08-17 17:17:44

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Por Maria Josefina Arce

Em novembro deste ano acontecerá no Egito a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, uma nova oportunidade para acertar ações mais ambiciosas entre todos os participantes a fim de conter a ameaça que paira sobre o mundo.

O mencionado encontro é de muita importância para o Caribe devido à sua vulnerabilidade ante os eventos da natureza que traz consigo a mudança climática. Por isso, estão reunidos os chefes de Governo das nações insulares em Nassau, capital das Bahamas, para examinar temas ligados a esse desafio.

O objetivo deste encontro, do qual participa Cuba, é ir ao Egito com uma posição comum. Ao fazer uso da palavra no Painel de Atenuação, o primeiro-ministro cubano Manuel Marrero confirmou a determinação de seu país de trabalhar em parceria com as outras nações para enfrentar à mudança.

Marrero disse que a atual crise climática exige mais compromissos de todos os países, especialmente dos desenvolvidos, que são os principais emissores de gases de efeito estufa.

Cuba mantém compromisso total com a proteção do meio ambiente e sua biodiversidade. Em 2020, atualizou sua Contribuição Nacionalmente Determinada até 2030, obrigações que tinham sido assumidas pelo país para a redução dessas emissões e a adaptação à mudança climática.

Compreende metas mais ambiciosas em vários setores: florestal, agrícola, transporte e energia renovável. Tenciona aumentar até em 24 por cento a produção de eletricidade de fontes renováveis e aumentar a cobertura florestal em 33 por cento.

Apesar do endurecimento do bloqueio norte-americano e da emergência sanitária mundial por causa da Covid-19, Cuba foi o 13º país que apresentou este documento na Convenção Marco da ONU para a Mudança Climática, segundo o estabelecido no Acordo de Paris, em vigor desde novembro de 2016.

Cuba conta com um plano integral conhecido como Tarefa Vida para enfrentar e mitigar o impacto da mudança climática que envolve diferentes ministérios, entidades e a população.

Na primeira fase, a iniciativa incluiu o deslocamento de assentamentos humanos, situados em áreas ameaçadas pela elevação das águas do mar, uma das consequências do evento natural.

Plantaram-se, igualmente, mangues, importantes para diminuir a erosão costeira e proteger boa quantidade de organismos. Praias ao longo da Ilha foram conservadas e restauradas.

Cuba colocou à disposição de seus vizinhos caribenhos sua experiência e seus conhecimentos para atenuar os prejuízos causados por essa problemática e avançar rumo a um Caribe mais resiliente.

A mudança climática é um desafio comum, uma barreira para o desenvolvimento dos países da região, por isso Cuba aposta em trabalhar unidos e realizar projetos comuns que preservem o meio ambiente e a vida humana.

 



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