Mais vozes em favor de Cuba

Editado por Irene Fait
2022-10-04 19:23:43

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More voices in favor of Cuba

Por Maria Josefina Arce

De um lado, mais e mais pessoas, instituições, governos, exigem a cessação do bloqueio dos EUA.para que Cuba possa avançar na recuperação, após a passagem do devastador furação Ian pelo oeste cubano. Do outro, também vão aderindo mais e mais vozes à demanda de eliminar Cuba da ilegítima lista de países patrocinadores do terrorismo.

Ao redor de 300 organizações baseadas na fé, igrejas, crentes e ativistas de 23 nações se somaram ao pedido formulado por personalidades, legisladores e governos nos últimos dias.

Nesse sentido, se pronunciaram recentemente mais de 80 congressistas colombianos. O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, considera injustiça internacional manter Cuba na lista de países que promovem o terrorismo.

A Ilha tinha sido riscada dessa lista em 2015, durante o governo do então presidente Barack Obama, no âmbito do processo de normalização das relações entre as duas nações, que tinha começado um ano antes.

Todavia, em janeiro de 2021, poucos dias antes de Donald Trump sair da Casa Branca, seu governo tornou a colocar Cuba nessa relação arbitrária, onde são incluídos países que não são do agrado de Washington.

Convenientemente, Estados Unidos passou por cima de que Cuba é vítima do terrorismo arquitetado em território norte-americano, onde vivem grupos de ultradireita de origem cubana que planejaram inúmeras ações criminosas contra o povo cubano.

Tampouco levam em consideração os 19 acordos internacionais assinados por Havana que guardam relação com o combate ao terrorismo e fazem de conta que não sabem que o território cubano nunca foi utilizado para organizar atos terroristas contra outro país.

Cuba sempre defendeu a paz e a segurança internacional. Sob a presidência pro tempore da CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) a região foi declarada zona de paz.

Igualmente, Havana sediou as negociações de paz entre o governo do presidente Juan Manuel Santos e a ex-guerrilheira Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia- Exército do Povo, que culminaram com a assinatura de um histórico acordo.

A inclusão de Cuba nessa lista dos Estados Unidos obstaculiza o desenvolvimento da Ilha, porque restringe a assistência econômica e o acesso a créditos.

As instituições financeiras têm outro motivo para evitar operações com Cuba e as empresas são desencorajadas de sustentar relações comerciais.

A existência do bloqueio econômico e a inclusão de Cuba na lista de nações patrocinadoras do terrorismo impõem sérias limitações aos esforços que concentra a Ilha em avançar na recuperação dos prejuízos causados pelo furação, após dois anos de pandemia pela Covid-19.



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