Brasileiros exigem mais verbas para a educação

Editado por Irene Fait
2022-10-19 10:24:47

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Por Maria Josefina Arce

Faltando menos de 15 dias para o 2º turno das eleições presidenciais no Brasil, os estudantes saíram às ruas para protestar contra os cortes anunciados pelo governo de Bolsonaro na educação.

As manifestações ocorreram em 21 estados no Distrito Federal.

O corte no orçamento destinado à educação é de 460 milhões de dólares. Segundo os manifestantes, tirar esse dinheiro significa pôr em situação de risco o funcionamento dos centros de ensino.

Bruna Brelaz, presidente da UNE (União Nacional de Estudantes) afirmou que era inadmissível que as instituições vivessem constantes cortes, sem um projeto do ministério e do governo que as entenda como estratégicas para o desenvolvimento do país.

Desde que Bolsonaro assumiu a presidência, em janeiro de 2019, tem sido constante a redução das verbas destinadas a essa área, pela qual desfilaram ministros, que não traçaram nenhuma estratégia em benefício da educação, ou simplesmente desmantelaram as políticas já existentes.

Durante o governo de Bolsonaro, diminuíram em 94 por cento as verbas para as universidades federais nos últimos quatro anos.

Como se não bastasse, no começo do ano se descobriu o desvio de dinheiro do ministério da Educação para favores políticos, um escândalo que atingiu Bolsonaro.

A educação foi atacada pelo atual presidente, sua qualidade se deteriorou e diminuíram as possibilidades de os brasileiros usufruírem esse direito humano essencial, em primeiro lugar os pobres. Bolsonaro deitou abaixo os avanços registrados nos governos do Partido dos Trabalhadores.

Quando Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo em 2003, foi implementada uma política de destinar mais verbas e ampliar o acesso às universidades e se criaram novas faculdades federais.

Por sua vez, as universidades privadas foram beneficiadas com isenções de impostos em troca de bolsas de estudo parciais ou totais para um número determinado de estudantes e, ao mesmo tempo, se estabeleceu um sistema de empréstimos garantido pelo governo.

Jair Bolsonaro comprometeu o futuro de crianças e jovens, negou a muitos a possibilidade de ampliar suas perspectivas, melhorar suas condições de vida e contribuir para o desenvolvimento do Brasil.



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