Honduras aposta no método cubano de alfabetização

Editado por Irene Fait
2022-10-25 16:22:20

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Por Maria Josefina Arce

O método cubano de alfabetização “Yo si puedo” (Eu sim posso) volta a Honduras, cujo governo presidido por Xiomara Castro dá prioridade à redução da taxa de analfabetismo que é de 14% a 17% naquele país centro-americano.

E existe o risco de que mais e mais hondurenhos entrem no exército de analfabetos, porque aos anos em que se abandonou a educação se soma a pandemia da Covid-19 que deixou fora do sistema dois milhões de estudantes.

Segundo as pesquisas, as mulheres são as mais atingidas por esse flagelo, e nas zonas rurais a porcentagem de analfabetos é a mais elevada no país.

A vice-ministra de Assuntos Técnicos Pedagógicos da Secretaria de Educação, Marisela Figueroa, assinalou que a ajuda dos professores cubanos será essencial, disse que são os melhores da América Latina no ensino de adultos.

A implementação do programa será assessorado por 123 professores cubanos, a maioria com grau de mestrado e doutorado em pedagogia.

Os especialistas cubanos, que desembarcarão no país centro-americano em breve, capacitarão seus colegas hondurenhos e estes, por sua vez, vão implementar a Estratégia Nacional de Redução de Analfabetismo.

“Yo si Puedo” já tinha sido aplicado em Honduras de 2006 a  2009, durante o governo do presidente Manuel Zelaya. Daquela feita, conseguiram baixar o índice de analfabetismo até perto de 6%.

Porém, o golpe de Estado de junho de 2009 contra Zelaya provocou um recuo em muitas áreas, sendo a educação uma delas. Os cooperantes cubanos saíram do país por causa das acusações e ataques dos golpistas.

Ao longo de mais de 10 anos se perderam os avanços visíveis na educação. Agora, o governo de Xiomara Castro torna a priorizar a educação dos hondurenhos.

A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) considera o método cubano de alfabetização “Yo si Puedo” econômico e muito eficaz.

Sua implementação em diferentes nações do mundo possibilitou ensinar a ler e escrever perto de 10 milhões de pessoas. É uma contribuição de Cuba para os esforços que o mundo concentra em eliminar o analfabetismo.

 



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