Cuba e a AIEA

Por Maria Josefina Arce

A cooperação entre Cuba e a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) data de muitas décadas através da aplicação das tecnologias nucleares em áreas vitais, como a saúde humana, agricultura e a conservação do meio ambiente.

O apoio da agência tem sido inestimável no combate ao câncer, uma das principais causas de morte em Cuba. Graças à AIEA foi introduzida a técnica de cíclotron para a produção de radiofármacos para o diagnóstico e tratamento dessa doença.

Em parceria com o Centro Nacional de Sanidade Agropecuária desenvolve a iniciativa Medidas Integradas contra as doenças zoonóticas que compreende a utilização de técnicas nucleares para detectar rapidamente agentes patogênicos que causam doenças nos animais que se transmitem às pessoas.

Essencial tem sido seu apoio às autoridades sanitárias cubanas no enfrentamento às doenças transmitidas pelo mosquito, como zika, dengue e chikungunya, mediante a técnica dos insetos estéreis, amigável com o meio ambiente e que utiliza a irradiação para controlar os insetos.

Durante a pandemia da Covid-19, a AIEA enviou doações de kits de diagnóstico e equipamentos de técnicas nucleares para o enfrentamento ao vírus.

Por sua vez, Cuba apoia o programa de cooperação regional da AIEA, por meio da criação de capacidades e da participação de missões de especialistas em outros países, especialmente da América Central e do Caribe.

Neste instante, Cuba faz parte de um novo projeto implementado neste ano pela agência sobre poluição ambiental em rios, lagos, represas, açudes e lagoas na América Central e no Caribe.

A AIEA reconheceu muitas vezes a boa preparação dos profissionais cubanos e a contribuição da Ilha para diversas ações de cooperação, como meio principal para a promoção do uso pacífico da energia nuclear.

Há um diálogo fluente entre as duas partes no mais alto nível.

Vários diretores da entidade viajaram a Cuba. Neste instante, está aqui Najat Mkhtar, diretora-geral adjunta e chefe do Departamento de Ciências e Aplicações Nucleares da AIEA.

Certamente, a visita permitirá examinar os projetos conjuntos que se realizam e buscar outras opções de cooperação que beneficiem este país e outros da região.