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Por Roberto Morejón
Uma reunião de ultraconservadores inclinados a mostrar publicamente seus ódios, foi organizada sob a cobertura da CPAC, siglas em inglês da Conferência Política de Ação Conservadora, criada nos Estados Unidos em 1974.
Realizada no México, a palestra congregou um seleto clube de personagens de tendência ou histórico racista, xenófoba, antiimigrante e inimigos acérrimos da esquerda.
A Conferência Política de Ação Conservadora é consequente cm seus lineamentos teóricos ultra-radicais.
Por isso, conta entre seus protetores com o Partido Republicano dos Estados Unidos e seu guia, o ex-presidente Donald Trump.
Não é casualidade que entre os que mandaram mensagens à reunião, no México, de forma presencial ou por videoconferência estivesse Steve Bannon, a única pessoa entre os achegados a Trump que foi julgado por se negar a cooperar com um comitê legislativo, encarregado de investigar o ataque ao Capitólio em 2021.
Não quiseram perder a chance de estar presentes no encontro de ultraconservadores o senador Ted Cruz, credenciado antiimigrante, e o ex-presidente polonês Lech Walesa, antigo falcão que anda em busca de dinheiro porque seus bolsos estão vazios.
Outros convidados à reunião no México foram: um neto do ditador dominicano Rafael Leônidas Trujillo; Eduardo Bolsonaro, filho do presidente brasileiro derrotado nas mais recentes eleições, Jair Bolsonaro; e os extremistas Santiago Abascal, da Espanha; José Antonio Kast, do Chile; e Javier Milei, da Argentina.
Os conspiradores estão buscando alternativas, porque acham que a esquerda ameaça sua liberdade e estão turbados pelas vitórias de políticos progressistas em países da América Latina.
Contrários ao direito do aborto, à ampliação das prerrogativas das mulheres e à igualdade de gênero, os confabulados intolerantes se consolam com sua ideologia suprematista.
Como expressara uma declaração da instituição cultural cubana Casa de las Américas, é preciso que se unam vozes para denunciar a ofensiva fascista.
Recordemos que o discurso dos mencionados fanáticos da direita se une ao poder econômico da vários deles e às suas relações com a imprensa hegemônica. Vale, portanto, a denúncia de grupos sociais sobre a conspiração montada na reunião acontecida faz poucos dias.