A proteção dos indígenas é um compromisso do atual governo do Brasil

Editado por Irene Fait
2023-01-30 12:01:32

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Por Maria Josefina Arce

As imagens abalaram a sociedade brasileira. Parecem filmadas num campo de concentração da Segunda Guerra Mundial. Porém, os traços das pessoas que aparecem nas mesmas revelam que são membros de comunidades indígenas que vivem no Brasil.

A fome e as doenças curáveis estão matando os ianomâmis. Depoimentos de médicos e pessoas que viajaram àqueles lugares dão fé do horror reinante, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tachou aquilo de genocídio.

É o resultado do abandono total dessa e doutras etnias indígenas durante os quatro anos de governo de Jair Bolsonaro, que sempre manifestou desprezo total pelos povos originários.

Nesse período de tempo, perto de 600 crianças ianomâmis morreram de malária, pneumonia e desnutrição. Segundo organizações indígenas, mais da metade da população dessa etnia está doente.

A Terra Ianomâmi, situada nos estados do Amazonas e Roraima, perto da fronteira com a Venezuela, é a maior reserva indígena do Brasil que tem sido alvo nos últimos anos da invasão de garimpeiros ilegais, incentivada pelo discurso de Bolsonaro.

Ao longo de muitos anos, inclusive antes de assumir a presidência, Bolsonaro não parou de dar declarações ofensivas contra os povos originários e encorajava a usurpação de suas terras. Em 2015, disse: “não há terra indígena que não tenha minérios. Há ouro, estanho e magnésio nessas terras, especialmente na Amazônia, a área mais rica do mundo. Não entro nesse embuste de defender a terra para o índio”.

O resultado é que a atividade extrativa destruiu a flora e a fauna, poluiu os rios e os solos com mercúrio, que se utiliza para separar o minério. Além disso, os mineiros espalharam doenças entre os habitantes da região, onde a imunidade é baixa por causa do contato limitado com outras pessoas.

Bolsonaro enfraqueceu as políticas ambientais e de proteção dos povos autóctones, ignorou, ademais, dezenas de cartas nas que pediam sua ajuda para atenuar a critica situação dos ianomâmis.

O novo governo presidido por Lula da Silva, quem viajou a Roraima em dias recentes, concentrou sua atenção na lastimável situação e tomou providências imediatamente para assistir essa comunidade. Declarou o estado de emergência no lugar e começou a mandar ajuda médica e alimentos aos indígenas e levar os doentes aos hospitais.

Igualmente, mandou abrir inquérito pelos crimes e genocídio contra os ianomâmis e afastou mais de 50 funcionários públicos da SENSA (Secretaria de Saúde Indígena) e da FUNAI (Fundação Nacional de Povos Indígenas).

A partir de agora, os organismos, antigamente dirigidos por militares inclusive, serão dirigidos por representantes das comunidades originárias. Já a FUNAI fará parte do ministério dos Povos Indígenas, criado por Lula. Para dirigir a pasta, foi nomeada Sônia Guajajara, uma das vozes mais representativas do movimento indígena.

A resposta do novo governo foi rápida para aliviar a situação dos ianomâmis, o que permite aquilatar o seu compromisso com os povos originários, fonte de conhecimentos e guardiões do meio ambiente, portanto, da vida no planeta.



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