O Brasil não quer armas

Editado por Irene Fait
2023-02-28 18:05:24

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Por Maria Josefina Arce

Em 31 de dezembro de 2022, ao finalizarem seus quatro anos de governo, Jair Bolsonaro deixava um Brasil não só com mais pobres e famintos, mas também com muitas armas de fogo em mãos privadas.

Um dia depois, em seu discurso de posse, o novo presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmava que o país não queria, nem precisava de armas. O Brasil, ressaltava, precisa de segurança, livros e educação.

Bolsonaro tinha incentivado a venda de armas sob o surrado pretexto de legítima defesa. A importação desses artefatos disparou logo depois de que assumisse a presidência, em 2019.

Nos quatro anos de governo Bolsonaro, o número de registros subiu a quase 550 mil, ou seja, ao triplo, se comparado com os 171.431 que havia de 2003 a 2018.

Na Amazônia, a presença de armas aumentou em 219% nos últimos três anos, segundo o Instituto Igarape, uma organização sem fins de lucro, que atua nas áreas de segurança pública e digitalização.

Mais armas em circulação não implica maior segurança, afirmam os entendidos. Pelo contrário, conduzem ao aumento da violência e podem acabar em mãos erradas, como os narcotraficantes.

As elevadas taxas de homicídios estão aí para conferir. Por exemplo, faz alguns dias atrás, dois homens no Mato Grosso assassinaram sete pessoas, entre elas uma menina de 12 anos, pelo mero fato de terem perdido no bilhar.

Diante disso, o novo governo tomou várias medidas. Os civis têm prazo de 60 dias para registrar as armas de fogo que possuem. A decisão buscar fortalecer os controles sobre sua circulação.

Quem não registrar suas armas no prazo previsto terá de responder por delitos de porte ilegal de armas de fogo, as quais poderão ser apreendidas.

Igualmente, mandou suspender temporariamente o registro de novos clubes e escolas de tiro, que proliferaram nos últimos quatro anos.

Poucas horas depois de assumir o governo, Lula da Silva começou a cumprir uma de suas principais promessas eleitorais: limitar a presença de armas de fogo na sociedade, porquanto as mesmas só conduzem ao aumento da violência. O Brasil foi testemunha durante o governo de Jair Bolsonaro.



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