Cuba manteve vacinação das crianças no meio da pandemia

Editado por Irene Fait
2023-04-25 10:24:27

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Por Maria Josefina Arce

Ao longo da pandemia da Covid-19, organismos internacionais advertiram sobre a necessidade de manter a vacinação das crianças contra outras doenças. Agora, relatório do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) revela que o mundo perdeu mais de 10 anos de progresso nessa área durante a emergência sanitária.

O documento detalha que em 2022 o número de casos de sarampo foi o dobro do ano anterior e os casos de crianças paralisadas por causa da pólio aumentaram 16%.

A imunização retrocedeu notavelmente na América Latina e o Caribe. Segundo o relatório, mais de dois milhões de menores ficaram desprotegidos por não terem sido vacinados contra doenças que podem ser evitadas.

Em meio a este panorama Cuba destaca, pois manteve suas campanhas de imunização mesmo nos momentos mais difíceis da pandemia e do endurecimento do bloqueio norte-americano.

Adotou as medidas devidas para evitar o contágio das crianças no período de maior incidência do vírus adiando alguns meses, dentro do mesmo ano, o início da vacinação contra doenças evitáveis.

A decisão era necessária, pois a imunização exige movimentar muitas pessoas e crianças e se deu prioridade à proteção de todos os envolvidos.

Desde a década de 1960, quando foi lançada a Campanha Nacional de Vacinação na Ilha contra a pólio, até as atuais vacinas combinadas, a população cubana é uma das mais protegidas contra patologias múltiplas.

O nascimento do Programa Nacional de Vacinação foi uma aposta na medicina preventiva.

Este programa é totalmente gratuito, de acesso universal, integrado ao primeiro nível de atenção sanitária e com vasta participação das organizações de massas, como a Federação de Mulheres Cubanas. Ao longo dos anos conseguiu alcançar coberturas superiores a 98% de vacinação em todo o território nacional.

Acaba de começar a segunda fase da imunização contra a pólio, que se estende até o próximo sábado.

Durante décadas, Cuba jamais deixou suas crianças sem proteção. Sem dúvida, foi um grande esforço que se manteve nos momentos mais difíceis e no meio de severas restrições econômicas.

 



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