Guerras de 4ª Geração 1

Editado por Irene Fait
2023-05-10 18:19:38

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Guerras de 4a Geração 1

Pedro M. Otero Cabañas

Os atos terroristas e sabotagens, guerras e enfrentamentos armados que estão ocorrendo em mais e mais países confirmam um critério que está virando certeza: o mundo é teatro de uma guerra generalizada ou de um período de guerras eruptivas que se multiplicam em dezenas de lugares.

Em sua visita a Cuba, em 2015, o papa Francisco considerou que estamos vivendo uma terceira guerra mundial, porém em etapas. Infelizmente, os fatos confirmam tão funesto vaticínio.

Algumas com muita cobertura midiática, outras com menos ou quase nenhuma, o certo é que estamos vivendo guerras regionais em quase todos os cantos do planeta, ou uma Guerra de 4ª Geração, como definem os especialistas nesses cenários de mortes e violência extrema.

Guerra de 4ª Geração é um termo usado pelos especialistas para se referir aos diversos conflitos que derivam das novas tecnologias e interações globalizadas. A denominação está compreendida na doutrina militar norte-americana que envolve a guerra assimétrica, a guerra de baixa intensidade, a guerra suja, o terrorismo, ou operações parecidas, e encobertas, a guerra popular, a guerra civil, o terrorismo e o contraterrorismo, além da propaganda, em combinação com estratégias não convencionais de combate que incluem a cibernética, a população civil e a política.

Nas guerras desse tipo não há enfrentamentos entre exércitos regulares, nem necessariamente entre países, mas sim entre um Estado e grupos violentos, ou quase sempre entre grupos violentos de natureza política, econômica, religiosa ou étnica.

Nações Unidas reconhece a prevalência de 13 conflitos armados, que considera de envergadura. O mais antigo é o israelense-palestino, sem solução desde 1948. E inclui na mesma categoria os do Afeganistão, Somália, Paquistão, Iêmen, Síria e Nigéria, e o conflito atual entre Rússia e Ucrânia.

A ONU também categoriza como guerras menores outros 31 conflitos armados, e menciona os que estão ocorrendo na Caxemira, Birmânia, a insurgência no nordeste da Índia, e outros conflitos no Magrebe, Níger, Uganda e Sudão.

Concretamente, entre os primeiros e estes últimos há mais de 40 guerras, conflitos ou ações militares em andamento em muitos lugares do mundo, nos quais estão envolvidos quase 100 milhões de pessoas, civis muitas delas.

Até os próprios apologistas do capitalismo reconhecem que o virulento teatro mundial é resultado de políticas exercidas pelas grandes potências colonialistas e imperialistas.

O cientista político Noam Chomski responsabilizou os sucessivos governos norte-americanos de alimentar os conflitos territoriais e tribais na África, e ser, mais da metade das vezes, a causa das guerras noutras regiões geográficas.

A solução desses conflitos está muito longe. Pode parecer que a paz é um estado de felicidade alheia ao homem, mergulhado este em conflitos desde que está presente na Terra com ser consciente.

 Todavia, deixar de aspirar à paz não é uma opção, e lutar para conquistá-la deveria ser a primeira lei de cada nação.

                              



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