A política dos EUA em relação a Cuba é um fracasso

Editado por Irene Fait
2023-08-10 12:25:59

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Por Maria Josefina Arce

A política atual em relação a Cuba é um fracasso, afirmou o senador norte-americano Peter Welch. É uma realidade admitida por políticos, funcionários, meios de imprensa, ativistas e outras personalidades do próprio EUA, que reclamam do presidente Joe Biden que deixe atrás a hostilidade do governo de Donald Trump.

O senador democrata Welch disse que Washington deve toma medidas concretas para melhorar as relações com Cuba, por exemplo, eliminar o bloqueio e riscar a Ilha da lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo.

O pedido do senador se soma ao de outros congressistas, de membros do Capítulo Nova York da Associação Nacional de Advogados Negros e de mais de 30 cidades dos Estados Unidos.

Nessa direção, no mês passado, o jornal norte-americano The Boston Globe, publicou uma carta em favor da normalização das relações com Cuba, que, assinalou o autor, não é um quadrado a ganhar no tabuleiro de xadrez da guerra fria, é o nosso vizinho.

Brian Garvey, diretor adjunto deo Massachusetts Peace Action, ressaltou na carta que normalizar as relações entre os dois países permitiria renovar as associações em matéria de avanços médicos e reabrir oportunidades econômicas proveitosas para os dois povos.

Empresários, agricultores e pecuaristas norte-americanos pensam do mesmo jeito. A Coalizão Agrícola dos EUA para Cuba leva anos defendendo as relações com a Ilha e solicitou em missivas endereçadas a Biden a cessação do bloqueio econômico contra o povo cubano.

A mencionada Coalizão, que surgiu em 2015, não se cansa de pedir o estabelecimento de relações normais na ordem comercial.

Biden prometeu durante sua campanha eleitoral modificar a política em relação a Cuba, porém até agora, mantém a mesma linha de Trump e ignora os pedidos de cidadãos norte-americanos e da comunidade internacional.

Nestes dias, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, reiterou mais uma vez que nenhum país tem o direito de bloquear outro país, principalmente quando se trata da sobrevivência de milhões de pessoas.

A recente Cúpula da CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e a União Europeia também exigiu a cessação da medida e pediu que Cuba fosse riscada da lista de países que supostamente patrocinam o terrorismo.

A Cúpula dos Povos, que aconteceu em Bruxelas paralelamente ao encontro CELAC-UE foi uma nova mostra da rejeição que provoca, no mundo, a política hostil norte-americana.

E também do apoio com o qual contam os cubanos que, como admitiu o senador Peter Welch “apesar de tudo, perseveraram, propulsados pela sua tremenda criatividade, orgulho nacional e resistência inata”.

 



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