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Por Maria Josefina Arce

A cidade sul-africana de Joanesburgo é a sede da 15ª Cúpula do BRICS, um grupo composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e a África do Sul que vem ganhando notoriedade e peso econômico no mundo.

Cada vez é maior o número de países interessados em aderir ao bloco, que representa mais de 40% da população mundial e uma boa fatia do Produto Interno Bruto global.

Um informe da UNCTAD (Organização das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento) revela que a participação do BRICS na produção mundial aumentou de 18% a 25% de 2010 a 2021.

Por sua vez, a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) relatou que os cinco países de economias denominadas emergentes, que fazem parte do bloco, têm condições para ajudar a atingir os objetivos de erradicar a pobreza e a fome no planeta.

Nesse caminho, o grupo exibe entre suas conquistas a criação do Novo Banco de Desenvolvimento, encaminhado a financiar projetos que têm a ver com infraestruturas e mudanças climáticas em nações do Sul, um desafio para o mundo.

Uma instituição que, segundo os especialistas, pode propulsar iniciativas de cooperação em diferentes áreas, não só entre os atuais membros do BRICS, mas também de nações em desenvolvimento.

Desde sua fundação, a entidade bancária forneceu dinheiro para mais de 90 projetos que envolvem energia limpa, transporte, recursos hídricos e saúde, entre outros.

Durante a pandemia de Covid-19, o mencionado banco estabeleceu um mecanismo de assistência de empréstimos de emergência para ajudar os países membros a enfrentar a doença.

O Novo Banco de Desenvolvimento é uma alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional, conhecido por suas draconianas políticas de ajuste que mergulham os povos na pobreza.

Por isso, a criação de uma moeda comum que rompa a hegemonia do dólar norte-americano é um dos temas relevantes da reunião, considerada muito importante por seus organizadores.