O bloqueio atenta contra o direito à vida dos cubanos

Editado por Irene Fait
2023-10-27 17:44:27

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Por Maria Josefina Arce

Setenta e cinco anos após a adoção pela ONU da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o mundo é testemunha de um bloqueio econômico, comercial e financeiro genocida que os Estados Unidos mantêm contra Cuba, há mais de sessenta anos, violando as prerrogativas mais elementares de todo um povo.

A condenação dessa medida unilateral e criminosa tem se intensificado ano após ano. Governos, povos e personalidades de diferentes esferas expressaram sua rejeição a uma política que busca mudar o sistema cubano provocando fome, doenças e descontentamento entre a população.

A Duma russa acaba de aprovar uma resolução pedindo a cessação das sanções que causaram danos consideráveis à Ilha e, acima de tudo, dor e sofrimento para gerações de cubanos.

O presidente do órgão legislativo russo, Vyacheslav Volodin, destacou que os Estados Unidos terão de indenizar Cuba pelos prejuízos causados pelo bloqueio que montaram em mais de 405 milhões de dólares mensais, de maio de 2022 a fevereiro deste ano.

Para lá dos números, a hostilidade dessa política é sentida pelos cidadãos diariamente. Nenhuma esfera da vida socioeconômica do país escapa a esse cerco cruel. Vejamos mais de perto os efeitos sobre o setor de saúde, ao qual a Revolução Cubana garantiu acesso gratuito e universal desde seu triunfo em janeiro de 1959.

No período em questão, o sistema de saúde cubano sofreu perdas de mais de 239 milhões e 803 mil dólares, o que supera os danos registrados antes da chegada da COVID 19.

É uma realidade que as tensões vividas por esse ramo vital do sistema de saúde se refletiram na qualidade dos serviços prestados à população. A produção de medicamentos foi significativamente prejudicada, dada a incapacidade do país de adquirir as matérias-primas necessárias.

Somam-se os obstáculos para a aquisição dos equipamentos e peças de manutenção, que têm de ser comprados em mercados distantes, aumentando seu preço.

Como afirma o relatório sobre os danos causados pelo bloqueio, apresentado recentemente em Havana pelo Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, essa situação tem um impacto particularmente severo sobre as pessoas mais vulneráveis, como as crianças diagnosticadas com câncer.

Essa política, mantida pelos Estados Unidos há mais de seis décadas, é desumana e cruel e nega aos cubanos com várias patologias medicamentos essenciais porque são produzidos por empresas farmacêuticas norte-americanas. Sem dúvida, o bloqueio atenta contra o direito à vida dos cubanos.

 



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