A urgência de uma solução justa e duradoura para o conflito israelense-palestino

Editado por Irene Fait
2023-11-07 17:16:17

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Por Maria Josefina Arce

Já se passou um mês desde a atual escalada do conflito israelense-palestino e, a cada dia que passa se torna mais urgente o cessar-fogo, para abrir caminho a uma solução abrangente, justa e duradoura. O número de mortos não para de aumentar e piora notavelmente a crise humanitária na Faixa de Gaza por causa das operações terrestres e dos bombardeios constantes de Israel.

O número de palestinos mortos sobe a cada hora, já ultrapassa 10.000, incluindo mais de 4.000 crianças e 2.641 mulheres, de acordo com o Ministério da Saúde local.

Falando novamente para a imprensa, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que os contínuos bombardeios sionistas estão afetando hospitais, campos de refugiados, mesquitas e instalações da organização internacional, incluindo abrigos.

Do Egito, através da passagem de Rafah, a ajuda humanitária está chegando a Gaza, mas lentamente. O primeiro comboio só conseguiu entrar duas semanas após o início da guerra, permaneceu bloqueado por vários dias na passagem por causa dos bombardeios israelenses.

Essa assistência, no entanto, é insuficiente. São necessários mais alimentos, água, medicamentos e combustível para aliviar a situação crítica dos habitantes da Faixa que já vinham padecendo um bloqueio ferrenho imposto por Israel desde 2007.

Antes da atual escalada do conflito, oitenta por cento da população na área dependiam da ajuda internacional, de acordo com dados da ONU.

A situação agora é desesperadora, tanto assim que, no final do mês passado, milhares de moradores invadiram armazéns da ONU e centros de distribuição de ajuda no sul e no centro de Gaza. 

Por isso, nas últimas horas, a ONU pediu ajuda humanitária de US$ 1,2 bilhão para ajudar os palestinos em Gaza e também na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, onde também endureceu a violência.

Porém, Guterres disse que este único ponto de acesso não controlado diretamente por Tel Avive é insuficiente para canalizar a assistência em larga escala, necessária para levar alívio à população civil palestina.

A cada dia que a guerra continue ganhando terreno, aumentam as vítimas, a dor e o desespero. Uma solução justa e duradoura, que exija o direito dos palestinos à autodeterminação e à construção de seu próprio Estado soberano e independente deve ser encontrada já.



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