presdente Lula da Silva

Por Maria Josefina Arce

No contexto da comemoração do Dia da Consciência Negra no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma série de medidas em favor dos afro-brasileiros, que, embora representem 56% da população do país sul-americano, estão sujeitos à discriminação racial.

As medidas incluem a titulação de territórios quilombolas, habitados por descendentes de escravos negros, bem como programas nacionais para o benefício da população afro-brasileira e iniciativas de cooperação.

Desde que assumiu o cargo, em janeiro deste ano, este é o segundo pacote de medidas aprovado por Lula da Silva para reduzir a desigualdade histórica enfrentada pela população afro-brasileira, que tem se acentuado sob o governo do ultradireitista Jair Bolsonaro.

As iniciativas de março passado também tiveram como objetivo melhorar a vida desse segmento da população nas esferas educacional, trabalhista e religiosa.

Dessa forma, o presidente dá continuidade às ações realizadas em seus dois mandatos anteriores, de 2003 a 2011, que foram interrompidas com a chegada de Bolsonaro ao Palácio do Planalto.

Organizações e movimentos afro-brasileiros denunciaram que o racismo se tornou praticamente uma política de Estado durante o governo Bolsonaro.

Um relatório da ONU sobre racismo estrutural em países das Américas, publicado em setembro de 2022 e citando o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, relata que quase 80% das vítimas de operações policiais em 2020 eram pessoas negras.

Durante a pandemia da COVID 19, os negros brasileiros tiveram o maior número de vítimas fatais. Uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) constatou que os negros, juntamente com as mulheres e os pobres, foram os mais afetados pela doença.

Dados oficiais que cita a agência de notícias Prensa Latina também mostram que os negros são minoria entre os profissionais e no ensino superior, e maioria nas prisões, no desemprego e na pobreza.

O atual governo brasileiro, presidido por Luiz Inácio Lula da Silva, deixou claro, por meio de suas ações, que está determinado a trabalhar pelos direitos humanos da população negra, que 135 anos após a abolição da escravatura continua sendo discriminada.