Os latino-americanos vão às urnas

Editado por Irene Fait
2024-01-04 18:24:12

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Por Roberto Morejon

A América Latina tem maratona eleitoral em 2024 e, nos seis países onde haverá eleições já se fala em candidatos e urnas.

Perto de 80 eleições, incluindo eleições gerais, legislativas e locais, serão realizadas em todo o mundo em 2024, um verdadeiro tsunami comentam  alguns analistas.

Ao sul do Rio Bravo, o foco está em El Salvador, Panamá, República Dominicana, México, Uruguai e Venezuela.

Em El Salvador, a primeira está marcada para fevereiro, quando o presidente Nayib Bukele tentará se reeleger.

Para seu crédito, ele e seus apoiadores apontam para uma redução na taxa de homicídios ao combater gangues poderosas, embora os críticos lhe atribuam excessos no denominam de política de mano dura (punho de ferro). 

Os panamenhos irão às urnas em 5 de maio em um clima incomum de protestos em massa contra um contrato de investimento em mineração com uma empresa canadense que foi finalmente declarado inconstitucional pela Suprema Corte.

Em maio, os dominicanos também serão convocados a votar. Eles decidirão se aprovam ou não o atual presidente, Luis Abinader, em sua disputa com o ex-presidente Leonel Fernández.

Em junho, o México seguirá os passos dos países anteriores para eleger o sucessor do chefe de Estado Andrés Manuel López Obrador, que poderá dar lugar à ex-chefe de governo da capital, Claudia Sheinbaum (partido MORENA), revelam as pesquisas.

Para a segunda metade do ano, o cronograma não está totalmente definido. A data das eleições no Uruguai é conhecida, 27 de outubro, mas na Venezuela ainda não foi fixada embora esteja marcada para este ano.  

Os uruguaios estão refletindo sobre as alternativas à vista, portanto, é difícil fazer qualquer previsão.

A coalizão de esquerda Frente Ampla pretende voltar ao poder no Uruguai e rivalizará com os partidos que compõem o governo do direitista neoliberal Luis Lacalle Pou, quem não pode ser reeleito de maneira seguida de acordo com a Constituição.

Na Venezuela, o Partido Socialista Unido da Venezuela, no poder, continua sendo popular, a despeito de a nação sul-americana continuar enfrentando uma situação econômica difícil devido às sanções dos Estados Unidos e países europeus.

Em todos os países convocados para eleger novas autoridades, a situação internacional adversa é comum, com predominância de tensões geoestratégicas e impactos inflacionários, fatores que devem ser levados em conta na hora da votação.



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