BRICS favorece um sistema econômico global equilibrado

Editado por Irene Fait
2024-01-07 18:08:58

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Por Roberto Morejón

Em 2024, o grupo BRICS, ampliado, fortalecerá seu papel como bloco geopolítico na comunidade internacional.

O grupo formado por Rússia, China, África do Sul, Brasil e Índia incorporou mais cinco nações: Irã, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Todos têm a capacidade de se distanciar, quando assim o desejarem, dos rumos que são contraproducentes aos estabelecidos pelas nações industrializadas.

Sem ser um bloco que se posicione contra Ocidente ou contra Estados Unidos, como sugerem alguns, os BRICS provavelmente fortalecerão sua visão de uma economia na qual o dólar não deve desempenhar um papel monopolizador.

A propósito, o portal Sputnik afirma que, de acordo com estudos realizados no âmbito do BRICS, um em cada três países da ONU embarcou no caminho da desdolarização. 

Nessa conjuntura, os especialistas preveem que, em sua nova fase, os BRICS expandirão os laços comerciais e financeiros entre si, dando ênfase às moedas locais desafiando as práticas e políticas do Norte industrializado, liderado pelo Fundo Monetário Internacional.

Os membros do BRICS responderão por 33% da produção global até 2028, em comparação com 27% do grupo das economias mais desenvolvidas do mundo.

Não pode ser ignorada a influência do mencionado mecanismo na determinação dos preços do petróleo e do gás, fontes de energia que influenciam a geopolítica internacional.

Não obstante, os BRICS também têm outros objetivos, como os estabelecidos pelo chefe de Estado Vladimir Putin, já que a Rússia assumiu a presidência pro tempore do grupo em 2024.

De acordo com Putin, esses são tempos de enfatizar o multilateralismo, a segurança global equitativa e o papel da ciência e da tecnologia.

Com todos esses apoios e aspirações, o BRICS está se abrindo. Neste ponto, devemos mencionar que a Argentina não quis aderir ao mesmo, por decisão do novo presidente Javier Milei.

O ultradireitista Javier Milei se define como um "anarcocapitalista" que favorece a eliminação do Estado e defende o esfriamento dos laços com a China e uma relação amigável com Washington.

 Sem dúvida, Milei deu um passo em falso que nem mesmo seu amigo, Jair Bolsonaro, ousou dar durante seu mandato no Brasil.



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