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Por Maria Josefina Arce

Cuba entrega presidência pro tempore do Grupo dos 77+ China a Uganda. A Ilha assumira o compromisso de dirigir o mencionado grupo em janeiro do ano passado e, durante 12 meses, trabalhou em favor das aspirações das nações do Sul.

Assim expressou o presidente cubano Miguel Díaz Canel: "Vocês podem contar com Cuba e seu compromisso inabalável de trabalhar incansavelmente, junto com todos os membros deste grupo imprescindível, para defender os interesses supremos de nossas nações".

O trabalho feito pela Ilha foi destacado pelos membros do mecanismo de articulação, que o descrevem como altamente positivo.

Cuba defendeu em diferentes fóruns internacionais a urgência de levar em conta os países em desenvolvimento, considerando os problemas que padece o mundo, como a pobreza, a desigualdade e a crise climática.

O Sul ergueu sua voz com força na cidade norte-americana de Nova York, na 78ª sessão da Assembleia Geral da ONU, e na Cúpula de Ambição Climática, onde Cuba advogou para que as nações industrializadas apoiassem as ações climáticas do Sul em verdadeiro espírito de cooperação.

Durante sua presidência, Cuba incentivou a necessária unidade do bloco, o consenso e a complementaridade entre seus membros.

A Ilha, que sempre foi um exemplo de solidariedade, também promoveu a cooperação entre seus membros e com outros blocos. Durante sua participação na Cúpula do BRICS na África do Sul, em agosto passado, o chefe de Estado cubano se referiu às múltiplas ações conjuntas que podem ser desenvolvidas por ambos os grupos.

Nestes doze meses à frente do G77+China, merece destaque a Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do Grupo, que aconteceu em Havana nos dias 15 e 16 de setembro e contou com a participação do Secretário-Geral da ONU, António Guterres.

Declarar o dia 16 de setembro como o Dia da Ciência, Tecnologia e Inovação no Sul foi uma proposta da reunião, aprovada no início deste ano pela Assembleia Geral da ONU.

Cuba entregará a presidência no âmbito da Terceira Cúpula do Sul, que acontecerá neste domingo em Kampala e que constitui o mais alto órgão de tomada de decisões do G77, descrito como de grande importância para a democratização das relações internacionais.