Aprendendo medicina com a ótica de justiça social

Editado por Irene Fait
2024-01-31 17:21:39

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Por Roberto Morejón

A situação econômica adversa em Cuba teve um impacto sobre a Saúde Pública, como em outras esferas, mas o sistema de educação médica continua, apesar das restrições materiais, portanto se espera uma importante formatura.

O Ministério da Saúde Pública revelou que Cuba, neste ano, entregará diplomas para mais de 12.000 formandos em Medicina. O objetivo é formar profissionais abrangentes, com alto nível técnico e senso humanístico.

Vale recordar a participação de dezenas de milhares de estudantes de medicina no apoio à luta contra a Covid-19 faz pouco atrás.

Percorrendo as comunidades com as maiores precauções possíveis, os jovens confirmaram assim a abordagem holística da medicina local e seu compromisso com a atenção primária.

Com uma tradição de mais de dois séculos, as Faculdades de Ciências Médicas de Cuba oferecem cursos regulares de graduação e pós-graduação, além das diversas especialidades.

Os conhecimentos são transmitidos em harmonia entre teoria e prática desde o primeiro ano, dando ênfase à prevenção de doenças e à reabilitação de pacientes com sequelas.

Os professores combinam aulas rigorosas com exames exigentes, tanto na sala de aula quanto nos hospitais-escola, em contato com os doentes.

Conforme explicam os especialistas, os jovens são ensinados que, ao se formarem, devem não apenas estudar os sintomas das pessoas que os procuram, mas também compreender o contexto em que trabalham.

Apesar do bloqueio dos EUA, das penalidades impostas a Cuba por sua inclusão na lista de países que, de acordo com Washington, patrocinam o terrorismo, da marca que deixou a pandemia e da escassez de divisas, a nação não fechou as faculdades de Medicina.

Também não cortou sua colaboração com países com serviços de saúde deficientes, um gesto que, no entanto, o governo dos EUA distorce e usa para impor o agravante de que os profissionais de saúde são escravizados aqui.

Atualmente, mais de 200 jovens palestinos estão estudando medicina nas províncias cubanas, e seu único compromisso é aproveitar essa oportunidade e depois servir nos lugares de onde vieram.

A próxima formatura de médicos em Cuba trará força aos serviços domésticos, que atualmente são afetados pela escassez de suprimentos, uma limitação que, como de costume, os médicos recém-formados tentarão superar apelando para sua riqueza de boas práticas.



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