Genocídio cultural

Editado por Irene Fait
2024-04-23 16:20:51

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Por Guillermo Alvarado

Um grupo de especialistas em direito humanitário da ONU denunciou recentemente a destruição sistemática e ao que tudo indica intencional do sistema educacional palestino na Faixa de Gaza que afetará crianças, adolescentes e jovens em curto prazo.

O pesado bombardeio do regime sionista contra o enclave concentrou-se em hospitais, escolas, universidades e outros estabelecimentos educacionais, bem como em lugares de extraordinário valor patrimonial que simplesmente sumiram do mapa.

Segundo um documento assinado por especialistas, entre as consequências imediatas, mais de 625.000 estudantes de vários níveis ficaram sem acesso ao direito à educação, o que, por si só, constitui um crime de guerra.

Pelo menos 80% das escolas de Gaza foram totalmente destruídas por ataques aéreos persistentes, privando mais uma geração de palestinos de seu futuro.

Há também a convicção de que os ataques foram cuidadosamente planejados pelas forças armadas israelenses.

Por outro lado, 5.500 estudantes, 261 professores de escolas primárias e secundárias e 95 professores foram assassinados em Gaza. Como se não bastasse, 8.000 estudantes e 756 professores foram feridos. E os números não param de subir.

Além dos danos humanos, que são inestimáveis, a destruição inclui bibliotecas e lugares emblemáticos, como os Arquivos Centrais de Gaza, onde eram armazenados documentos que testemunham mais de 150 anos de história. A Universidade de Israa, a única que restava na Faixa, foi demolida pelos sionistas em 17 de janeiro, segundo o o mencionado documento.

Os especialistas também mencionam que jovens palestinos com bolsas de estudo internacionais foram impedidos por Israel de sair de Gaza para frequentar universidades em outros lugares.

Philippe Lazzarini, comissário da ONU para refugiados palestinos, relatou ao Conselho de Segurança que, após mais de seis meses de bombardeios incessantes, os menores de idade são os que mais sofrem.

Cerca de 17.000 crianças estão separadas de seus pais e parentes e têm de enfrentar sozinhas todos os horrores dessa guerra cruel.

Um dia, quando o mundo souber exatamente a magnitude dos danos causados pelo regime sionista, as hordas do nazismo alemão ficarão pálidas de inveja diante do tamanho desta barbárie.



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