Brasil avança no combate à fome

Editado por Irene Fait
2024-06-25 11:29:56

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Brasil, Desafios no combate à fome

Por María Josefina Arce

Graças aos programas sociais implementados desde 2003 pelos governos do Partido dos Trabalhadores, o Brasil conseguiu, 11 anos depois, sair do Mapa da Fome da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).

Mas a chegada em 2019 do ultradireitista Jair Bolsonaro à presidência significou um retrocesso. As políticas destinadas a eliminar esse flagelo foram desmanteladas.

Como resultado, a nação sul-americana retornou ao Mapa da Fome em 2022. Estima-se que, naquele ano, havia 33 milhões de brasileiros em situação de insegurança alimentar grave e mais da metade da população padecia esse problema em algum grau.

Ao assumir seu terceiro mandato, em janeiro do ano passado, Luiz Inácio Lula da Silva concentrou sua atenção nesse problema relançando um programa que inclui 80 ações para tirar novamente o país do mapa mundial da fome e reduzir a pobreza.

As ações incluem um aumento significativo do salário mínimo e a extensão da Bolsa Família, um programa que entrega subsídios para pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza.

Apesar das dificuldades e do panorama enfrentado pelo novo governo, estão começando a aparecer os resultados da iniciativa, conhecida como "Brasil Sem Fome", baseada no programa "Fome Zero", que tinha sido implementado em 2003 durante o primeiro mandato de Lula da Silva.

No ano passado, diminuiu o número de pessoas que passam fome e de pobres. De acordo com estudos recentes, o número de pessoas nesta situação baixou em mais de 20 milhões, das quais 12 milhões já não sofrem de insegurança alimentar moderada.

A melhoria tem a ver com a recuperação do mercado de trabalho. O desemprego ficou em 7,8% em 2023, a menor taxa desde 2014. Outro fator é o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto, e as taxas de juros passaram de 13,75% para 10,75%, o que, segundo os especialistas, estimula a produção e o consumo.

Também houve queda nos preços dos alimentos, embora essa tendência possa se reverter para alguns produtos, de acordo com economistas, devido às enchentes no Rio Grande do Sul, um estado altamente agrícola que responde por 70% da produção de arroz no Brasil.

Sem dúvida, as estatísticas mostram que está havendo progresso, mas, como apontam as autoridades, ainda há um longo caminho a percorrer para reverter a situação deixada por Bolsonaro, quem destruiu as políticas públicas de segurança alimentar e assistência social.

O presidente Lula da Silva tem insistido que uma das prioridades de seu governo é o combate à insegurança alimentar, e está trabalhando incansavelmente nesse caminho, em favor dos mais vulneráveis.



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