Evo Morales reeleito na Presidência da Bolívia

Editado por Juan Leandro
2014-10-13 15:00:24

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O presidente Evo Morales é associado à estabilidade política e econômica, redução da pobreza, investimentos na infraestrutura e modernização da Bolívia, e isso foi determinante para sua vitória nas urnas no domingo.

O resultado tinha sido previsto nas pesquisas de opinião publicadas antes das eleições gerais, nas quais Evo foi reeleito para um terceiro mandato até 2020. Dessa maneira, garantiu-se a continuidade do processo de transformações iniciado em 2006 nesse país.

O atual mandatário obteve cerca de 61% dos votos, com vantagem de quase 40% sobre seu rival mais próximo, o empresário Doria Medina, da opositora Unidade Democrática.

A popularidade do governo de Evo ultrapassa os 70%, baseada nos avanços notáveis registrados na Bolívia, hoje uma das nações com maior crescimento econômico na América Latina. Graças à nacionalização dos hidrocarbonetos, uma das primeiras medidas que tomou ao assumir o poder, o país se independizou do ponto de vista econômico apesar das pressões internacionais e os prognósticos desfavoráveis.

Em 2005, a Bolívia recebeu 1,4 bilhões de dólares pela exportação de gás. Hoje, o montante por esse conceito é de 6,8 bilhões. Além disso, as autoridades modificaram a política relacionada com as empresas de telecomunicações, as administradoras de fundos de pensões, as hidrelétricas, aeroportos e minérios. Também cresceu o volume de investimento estrangeiro direto.

Evo instaurou numerosos programas sociais de grande impacto na população. A maioria dos 11 milhões de bolivianos vivia na miséria, sem um teto digno nem acesso à água potável, e sem direito à educação ou assistência médica. Os bônus entregues pelo governo beneficiam idosos, mulheres grávidas e alguns segmentos estudantis, que representam 33% da população.

Portanto, era previsível a vitória de Evo Morales nas urnas. O primeiro presidente indígena dignificou a vida dos bolivianos e transformou a nação, hoje respeitada na arena internacional, livre de influências neocoloniais e de políticas neoliberais.

(M.J. Arce, 13 de outubro)

 



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