Presidente de Seychelles
Por María Josefina Arce
Nestes dias, está entre nós Wavel Rankalawan, Presidente das Seychelles, país com o qual Cuba mantém laços cordiais, descrito pelas autoridades da nação africana como um exemplo de cooperação Sul-Sul.
Desde que os dois Estados estabeleceram oficialmente relações diplomáticas em 1978, as áreas de colaboração frutífera têm se expandido.
Seus vínculos de cooperação de longa data abrangem setores como saúde, educação, agricultura e meio ambiente.
Neste último, os dois países insulares compartilham riscos e desafios em face dos efeitos das mudanças climáticas.
O arquipélago das Seychelles é composto por 115 ilhas, por isso manifesta interesse na experiência cubana em redução e gerenciamento de riscos de desastres. De fato, existe um memorando de entendimento sobre esse tópico entre Havana e Victoria.
A saúde é uma importante área de colaboração bilateral. Profissionais de saúde cubanos ajudaram a melhorar o sistema do país africano e contribuíram para o controle de doenças e pragas.
Ao longo dos anos, centenas de jovens de Seychelles se formaram em universidades e outros estabelecimentos educacionais cubanos. E alguns passaram a ocupar altos cargos no governo de seu país.
A vontade dos dois Estados de continuar a aprofundar sua cooperação é constante. Em abril passado, por exemplo, assinaram um acordo entre centros educacionais que permitirá aprimorar a educação artística no país africano.
Já em janeiro deste ano, foi assinado um novo acordo em cultura física e esporte, uma área em que há um intercâmbio satisfatório desde 2009.
Seychelles sempre apoiou a luta do povo cubano contra o desumano bloqueio dos EUA e se uniu à demanda global para que Cuba seja retirada da lista unilateral dos EUA de países que supostamente patrocinam o terrorismo.
Danny Faure, ex-presidente das Seychelles, se uniu a outros ex-presidentes da América Latina e do Caribe, da Europa, da África e da Ásia em uma carta na qual pedem ao presidente dos EUA, Joe Biden, que exclua Cuba da mencionada lista arbitrária.
É do interesse de Cuba e das Seychelles continuar expandindo e consolidando as relações bilaterais. As autoridades do país africano valorizam muito a contribuição de Cuba para suas conquistas, especialmente nas áreas de saúde e educação, por sua ajuda solidária incondicional.