Destruição inconcebível

Editado por Irene Fait
2024-10-22 16:44:19

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

Foto: Al Jazeera

Guillermo Alvarado

Acaba de completar um ano a guerra de Israel contra a Faixa de Gaza, onde morreram pelo menos 42.000 pessoas, mais da metade delas mulheres e crianças, e a destruição é de tal magnitude que serão necessários pelo menos 80 anos para limpar e reconstruir tudo o que foi danificado.

Assim consta em uma declaração oficial do relator especial da ONU para o direito à moradia adequada, Balakrishnan Rajagopal.

Devido à devastação causada pelo regime sionista ao longo de 12 meses, serão necessárias oito décadas para a reconstrução, especialmente na parte norte da Faixa, onde o bombardeio foi particularmente cruel e continua sem trégua até agora.

 De acordo com o especialista, a situação é desesperadora, pois no norte de Gaza quase 100% dos prédios estão em ruínas, entendam-se casas, escolas, hospitais ou edifícios públicos.

O último relatório do Programa da ONU para o Desenvolvimento afirma que há mais de 39 milhões de toneladas de entulho, incluindo munições não detonadas, resíduos tóxicos e amianto.

O problema não está apenas na superfície, pois a contaminação atingiu níveis catastróficos nos reservatórios de água subterrâneos e no subsolo, e é impossível saber se poderá ser tratada e recuperada em tempo, ponderou Rajagopal.

Os trabalhos são urgentes, mas só poderão começar se os ataques terminarem e as tropas sionistas se retirarem da área e suspenderem todas as restrições anteriores à guerra sobre a importação de materiais de construção para a Faixa.

O longo tempo necessário para a reconstrução significa que gerações de palestinos continuarão a sofrer as consequências deste genocídio brutal.

O único paralelo com o que aconteceu este ano é justamente o ataque nazista aos refugiados judeus no Gueto de Varsóvia, que foi destruído pedra por pedra junto com seus habitantes, só que agora a proporção dos danos é incalculavelmente maior.

Meses atrás, a ONU alertou sobre a gravidade da destruição em Gaza. A magnitude das ruínas, disse, é enorme e sem precedentes, uma missão que a comunidade internacional não enfrentava desde a Segunda Guerra Mundial. 

Devo acrescentar, penso, que os sionistas se revelaram bons alunos dos nazistas alemães. 



Comentarios


Deja un comentario
Todos los campos son requeridos
No será publicado
captcha challenge
up