Com mais de três milhões de participantes, as eleições primárias do PSUV, Partido Socialista Unido da Venezuela, marcaram a diferença no processo prévio aos pleitos legislativos no próximo seis de dezembro.
A grande afluência de cidadãos fez com que o Conselho Nacional Eleitoral ampliasse em quatro horas o tempo de votação nas quase quatro mil mesas eleitorais.
As eleições do PESUV destoam dos pleitos internos da opositora Mesa da Unidade Democrática, nos que só participaram 300 mil eleitores em só 33 de 87 circuitos de todo o país.
Nesse sentido, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, garantiu que a alta participação do povo venezuelano nas eleições primárias do Partido Socialista Unido da Venezuela é uma lição para a direita venezuelana.
Observadores internacionais de 12 países qualificaram o exercício de sério, democrático e profundo. O processo “consolidará a unidade do povo ao redor do partido de governo”, afirmou Piedade Córdoba, integrante da equipe de observadores estrangeiros.
Não obstante, é preciso estar alerta, pois ante a histórica jornada do domingo passado, a direita, como em ocasiões anteriores, pode recorrer a métodos anticonstitucionais para garantir sua vitória.
Na Venezuela nos últimos anos se realizaram 19 processos eleitorais, nos que a Revolução Bolivariana ganhou 18. Dentre os candidatos eleitos neste domingo, a metade são jovens com menos de 30 anos, e em igual proporção estão as mulheres. Os números evidenciam o compromisso de todos os segmentos da população com o processo revolucionário, além de garantir o presente e futuro com as novas gerações.
Temos que destacar que todos os candidatos contaram com a mesma quantidade de dinheiro para sua campanha. E tiveram as mesmas oportunidades na hora de fazer sua propaganda política.
Vale mencionar que os que não foram eleitos trabalharão junto com os eleitos com os olhos postos nos pleitos legislativos de dezembro. Assim, garantirão a continuidade da obra iniciada em 1999 pelo falecido presidente Hugo Chávez.
A Venezuela vive momentos difíceis, o povo encara dificuldades pela guerra econômica da oligarquia. Não obstante, esse mesmo povo, como afirmou o presidente Nicolás Maduro, saiu a votar com uma mensagem de esperança e fé no futuro.
(M.J. Arce – 30 de junho de 2015)